sexta-feira, 22 de novembro de 2013

  • Registro. Roteiro com Divaldo Pereira Franco no Estado de São Paulo – Catanduva, 19/11/2013
 
Terminados os labores junto ao Congresso Espírita de Portugal, Divaldo Franco retornou ao Brasil no dia 18, pela manhã, chegando em S. Paulo às 21h, onde descansou após a longa viagem, recuperando-se para que pudesse  levantar-se às 4h30, a fim de viajar a S. José do Rio Preto, para dar prosseguimento aos seus compromissos pelo Estado de S. Paulo.
No dia 19, portanto, passando o dia na progressiva Rio Preto, às 17h com a família Eurípedes Silva, Miguel e Terezinha de Jesus Sardano, viajaram a Catanduva, onde estava programado para uma conferência no Clube Social da Cidade, que recebeu 2.500 pessoas para o ouvir.
Divaldo visita Catanduva desde o mês de maio de 1954, devendo completar 60 anos de ininterruptas viagens a essa cidade no próximo ano de 2014, realizando intensa e brilhante divulgação do Espiritismo por toda a região.
Sob a direção do nosso confrade Roberto Cacciari a reunião teve início com a apresentação do extraordinário cantor Roberto Oliva, que apresentou de maneira invulgar músicas sacras e populares, oferecendo a Divaldo uma lindíssima canção francesa.
Após o miniconcerto, Cacciari proferiu a prece de abertura e passou a palavra a Miguel de Jesus que apresentou Divaldo e dedicou a conferência a Nilson de Souza Pereira, naquele momento em processo de desencarnação na cidade do Salvador, distante fisicamente do amigo querido, ao lado de quem, por 68 anos ininterruptos, trabalhou pela construção, direção e vivência na Mansão do Caminho, a veneranda obra de amor e iluminação de consciências pela educação, que ambos edificaram.
Divaldo fez uma incomum abordagem do Tema da Psicologia do Perdão, narrando parte da autobiografia de Simon Wiesenthal, no campo de Concentração de Auschwitz, na Polônia. A história dramática, que referiu-se a uma confissão, à hora da morte, de um jovem das tropas de extermínio SS, é extraordinariamente comovedora, levando o ilustre conferencista e médium baiano a perguntar ao auditório: ― Você perdoaria?
Desdobrou a temática do perdão em várias facetas: religiosa, sociológica, psicológica e espírita, discutindo pontos delicados da educação moderna da família e das fugas dos pais e dos educadores do lar, tornando-se fornecedores de coisas, para não se darem aos filhos e educandos, que os aguardam e para os quais se reencarnaram.
Divaldo prolongou o tema com uma narrativa muito sensibilizadora, a respeito do Bombeiro Bill, de Los Angeles, levando o auditório às lágrimas, assim como os comentários sobre a entrevistadora de TV canadense, que renunciou a ganhar milhões de dólares em seu país, a fim de atender a filha que lhe perguntou um dia: - Mamãe por que a senhora ri tanto na televisão e nunca em casa? Ao que ela respondeu: ― Porque na televisão eu ganho para sorrir...
Então, a filhinha de cinco anos, indagou-lhe: - E quanto você quer ganhar para sorrir um pouco em casa para mim?
Depois de 75 minutos foi encerrada a magna conferência com aplauso demorado e vibrante dos assistentes.
   Fotos e texto: Sandra Patrocinio
 
(Texto e fotos recebidos em email de Jorge Moehlecke)

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Mensagem de Eurípedes Barsanulfo ao Brasil

EURIPEDES_BARSANULFO
Pátria bem amada ouvi o meu canto de gratidão!
Teus ubérrimos campos sustentam a vida.
Tuas planícies ubertosas festejam a natureza em corolas perfumadas e multicoloridas.
Teus flumes da cor da prata, da ocra, do âmbar e do cristal, serpenteiam caudalosos e fartos.
Teus mares de safira e esmeralda escondem ricos tesouros.
Tuas verdosas florestas acolhem a flora e a fauna exuberantes que, em tudo, revelam o Criador.
Em teus céus, coalhados de rútilas estrelas, lucila o cruzeiro como sinal astronômico para a redenção.
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Mas se os teus recursos naturais enchem-nos de admiração, é o povo, especialmente, que desejamos exaltar.
Brasileiros, filhos desta nobre nação, ante as lutas da vida apresentai-vos intrépidos.
Desde que Cabral, capitaneando as naus do descobrimento, ostentando a cruz e o ideal dos templários, rompeu o Atlântico, a terra de Pindorama fez raiar o sol do Novo Mundo.
A parte as críticas pertinentes à História, o Brasil tem por função a espiritualização dos homens.
Então, brasileiros, ouvi, levantai-vos, pois vossa missão é a fraternidade universal.
Entre os astros de primeira grandeza, incrustados no panteão de nossas conquistas, há um povo cuja tarefa não pode mais tardar!
Um país continental, de programação, de espírito e verdade, carece de braços e heróis. Não nas ideologias dominantes, em que a propagação do “heroísmo” interesseiro entorpece as massas, refiro-me ao heroísmo pessoal em benefício da construção de uma nação verdadeira.
Mas, no panorama político, alguém recorda:
- A corrupção nos açoita como látego cruel a fazer correr o sangue das multidões!
- A tortura dos tiranos modernos, nas manobras da economia, parece-nos esfacelar o corpo e traspassar a alma com a lâmina da beligerância.
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Tratai de acalmar-vos!
Uma pátria verdadeira não se constrói sem suor e lágrimas.
Um Brasil, legitimamente nacional, é construção de todos nós!
Um estado que sirva à humanidade, e dela recolha representantes da honestidade e do patriotismo real, é sonho que se sonha na coletividade.
Por isso, longe de atacarmos, ferirmos, revolucionarmos com armas, convém contribuir, democraticamente, usando a educação intelecto moral por instrumento de renovação social.
Espíritas brasileiros, oferecei vossa contribuição ao Brasil:
- Trabalho honesto;
- Vivência dos valores cristãos no lar;
- Respeito às diferenças;
- Misericórdia para os falidos;
- Educação, cortesia, gentileza;
- Amizade, fé racional;
- Entendimento correto do Espiritismo;
- Pureza doutrinária.
Isso, está ao nosso alcance!
Um Brasil melhor começa com nosso compromisso de bem viver.
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A violência assusta e enche-nos de indignação!
Os hospitais públicos fazem pensar, aos desavisados, que Deus esqueceu-se dos pobres e desesperançados!
As escolas, em território nacional, abandonadas muitas, miseráveis outras, fazem crer, aos olhos meramente materialistas, que o povo está desamparado.
Se a caixa de Pandora está aberta, convidando os homens à auto-superação, lembrai-vos da esperança!
Dia virá em que a nossa terra despertará!
Ainda vivemos o pesadelo dos exploradores, mas a nação, composta por almas devotadas, sonhará com a liberdade das amarras do poder e a responsabilidade fará surgir um novo Grito, em cada um de nós, e o clamor dessa nova Independência, num Ipiranga de confiança, nos conduzirá na construção de um Brasil mais justo e nobre!
O brado novel, porém, diferente do de outrora, retumbará mais forte: Brasil Pátria do Evangelho!
Brasileiros, irmãos, bendizei esta terra, amai-a!
Entidades maiores clamam a Deus pelo renascimento e rogam o Brasil por honra de trabalho.
Muitos colonizadores retornarão das campas, para devolver ao povo o que ao povo pertence por direito.
Mas trabalhai, colaborai, vossa bandeira tem de ser o labor!
Vossos filhos ganharão letras, honrarão a ciência, permanecerão em solo nacional e a nossa gente contribuirá para uma grande renovação social.
Vede, espíritas, quanto bem feito no mundo!
Se as trevas nos espreitam, nos estertores de um tempo que se esgota, a luz surge triunfante!
Em toda parte há obras de benemerência, muitas outras virão!
A aristocracia intelecto-moral, promulgada por Kardec, haverá de ser uma realidade. A ética será uma necessidade entre as nações e a economia, necessariamente, trará a fraternidade.
Por uma questão de sobrevivência, os povos aprenderão a respeitar-se, reciprocamente!
Brasileiros, nada de abandonar a nossa terra, nada de desertar da batalha! Sois soldados do Cristo, apresentai-vos:
- Vossa arma? A inteligência;
- Vosso escudo? A fé;
- Vosso elmo? A oração;
- Vossa lança? O trabalho;
- Vossa luta? A renovação moral;
- Vosso comandante? Jesus;
- Vossa musa? A Verdade!
Avante, irmãos!
Nenhum brasileiro renasceu por acidente!
Todos temos uma programação!
Ouvi o Hino Nacional, irmãos, e vede que Manuel da Silva e Duque Estrada foram guiados por seres invisíveis a grafar, em acordes de luz com letra de estupenda beleza, o destino da nação.
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Fazei deste poema cantante, clarim da verdade, vossa prece diária. E quando orardes assim, cheios de certeza, sabei que os ministros do Senhor conhecem o Brasil!
Estudantes, acadêmicos, professores, médicos, cientistas, advogados, políticos, legisladores, religiosos, trabalhadores, gente do povo, irmãos, levantai!
Carregai n´alma o nosso pendão! A flâmula verde-louro, representa o ideal que todos devemos perseguir: Ordem e Progresso! Que as vinte e seis unidades federativas e o Distrito Federal, estrelas fulgentes de um céu anilado, representem e exaltem, com honestidade soberana, a nação!
E nós, o povo, encarnado e desencarnado, laboremos com afinco, mantendo-nos honestos e fraternos onde
a vida nos colocou.
Irmãos, há uma infinidade de espíritos que se sentem brasileiros (pelo amor que devotam a esta mátria) envolvendo-vos!
Aos espíritas deste solo, e aos que aqui vieram ter, coragem, avante!
A doutrina nos ilumina, façamos, portanto, luz!
O Espiritismo nos esclarece, comportemo-nos, então, com equilíbrio!
O Consolador nos estimula, marchemos, assim, impávidos!
Mas, o Mestre vos conclama e a todos auxilia, convicto da transformação! Enchamo-nos de ânimo, pois que o Brasil necessita de sua brava gente, plena de fé, esperança e caridade.
Quando em vossas reflexões mais profundas sobre a pátria que vos acolhe, olhai para o alto e sabei: de páramos de glória, o Cristo, contando convosco, guia o Brasil!

Eurípedes
(Mensagem psicografada pelo médium Emanuel Cristiano em reunião da noite de 21/4/2013, no Centro Espírita “Allan Kardec”, de Campinas/SP)
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