Simpósio de filosofia discute a mediunidade sob uma nova visão | |
PUBLICAÇÃO DO SITE CORREIO FRATERNO Por Eliana Ferrer Haddad No último final de semana, 24 e 25 de setembro, o IEEF –Instituto Espírita de Estudos Filosóficos – realizou o III Simpósio de Filosofia Espírita, em São Paulo, tendo como tema central “A mediunidade no contexto da comunicação”. Reunindo palestrantes espíritas e não-espíritas, docentes da Universidade de São Paulo, mais de 350 participantes se envolveram numa programação integrativa, que contou com um workshop sobre“Os caminhos de Kardec”, abordando questões metodológicas do espiritismo e ainda, no final, um pinga-fogo filosófico. Assunto bastante presente nos eventos espíritas, principalmente neste ano em que se comemoram os 150 anos de O livro dos médiuns, a mediunidade foi discutida sob uma nova abordagem, a filosófica, que analisa o tema não apenas do ponto de vista fenomenológico, mas principalmente das questões que envolvem o ser e a criação, a unidade substancial, em seus aspectos ontológicos e gnosiológicos. Para Astrid Sayegh, é preciso que a mediunidade seja concebida não somente do ponto de vista de mediação entre Espíritos, mas como um meio de comunicação universal.“A mediunidade se funda no princípio espiritual, a comunicação se dá em essência, desde os reinos inferiores aos planos mais elevados, do átomo ao arcanjo”– explica. O evento contou com a presença de palestrantes qualificados, como a professora Dra. Olgaria Chain Matos Feres, que falou sobre “A comunicação do ponto de vista filosófico” e o professor Dr. Frankiln Leopoldo e Silva, que abordou “O problema do discurso filosófico”. Tiago de Lima e Castro desenvolveu o tema “A Mediunidade como manifestação do ser”. Carlos Alberto Simões estabeleceu a relação “Mediunidade e Teoria do Conhecimento”, e Astrid Sayegh concluiu com uma abordagem sobre a“Intuição, mediunidade si e do Pai”. Em sua palestra, Astrid Sayegh afirmou que Jesus dá continuidade ao Verbo Divino, ao logos divino e, portanto a sua comunicação se dá por intuição, faculdade de conhecimento e de comunicação em espírito. “Importa abordagens novas para que não nos dogmatizemos, e a Filosofia permite abordagens criativas, para que possamos sempre repensar sob novos prismas”– considera. Segundo ela – fundadora e presidente do IEEF, “a mesmidade do discurso não nos leva a transcender”. No domingo, dia 25, os participantes homenagearam José Herculano Pires pelo seu aniversário de nascimento (1914-1979). Num tributo ao eminente filósofo espírita, natural de Avaré, SP, o IEEF fez questão de lembrar“desse Espírito de vanguarda, que teve o arrojo de articular a doutrina espírita em seus fundamentos filosóficos e sempre sua relação com a tradição filosófica”. Herculano Pires, como afirmou o escritor Jorge Rizzini, no livro O apóstolo de Kardec, foi o que podemos chamar de homem múltiplo. Filósofo, educador, jornalista, escritor, parapsicólogo, romancista, poeta, fiel tradutor de Kardec, em todas as atividades – inclusive, fora do movimento espírita–, sua inteligência superior iluminada pelo espiritismo e aliada a uma vasta cultura humanística e sempre atual, brilhou com grande magnitude, fazendo o público crescer espiritualmente. A editora Correio Fraterno tem a alegria de possuir entre suas obras, alguns títulos de J. Herculano Pires, como Educação para a morte, O homem novo, O finito e o infinito e O mistério do bem e do mal. Veja o vídeo apresentado em homenagem a Herculano Pires |
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Simpósio de filosofia discute a mediunidade sob uma nova visão
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Crueldade Inimaginável

Crueldade Inimaginável
Quando se esperava que a cultura, a ética e a civilização alterassem o comportamento do ser humano, mais se constata, na atualidade, o seu imenso atraso moral, examinando-se-lhe a perversidade de que é portador, que se lhe demora coberta pelo verniz social que desaparece quando as paixões inferiores tomam-lhe conta do ego.
Mesmo nos dias atuais de cibernética e comunicação virtual, de satélites que pesquisam os espaços e daqueles que têm objetivos de espionagem, repetem-se as cenas detestáveis de horror que prosseguem assinalando a História.
Na África negra, as rivalidades tribais continuam corroendo-lhe a intimidade, assassinando centenas de milhares de vidas em guerras intermináveis, como as das etnias tutsies e hutus, que são o resultado de governança de ditadores desalmados que enriquecem demasiadamente ceifando as existências de todos aqueles que não compactuam com a sua tirania, algumas delas amparadas por civilizações progressistas de outros continentes, que os exploram com os seus armamentos e artefatos de destruição, bem como através do concurso da sua tecnologia e comércio de quinquilharias em nome da modernidade...
Por outro lado, povos infelizes como os curdos no Líbano, no Iraque e em outros países são dizimados sistematicamente, conforme ocorreu com as várias etnias que habitavam os Bálcãs nos lamentáveis dias da destruição da poderosa Yugoslávia, organizada ferozmente numa falsa união pelo ditador Tito...
A interminável luta e os variados atentados entre judeus e palestinos, ao lado das terríveis vinganças realizadas pelas organizações criminosas que tomam a bandeira das liberdades políticas, organizando o terrorismo de todo porte que destrói milhares de vítimas, cada vez mais deploravelmente, como vem acontecendo em todo o mundo e, em particular, no Afeganistão, na Índia, no Paquistão, nas Filipinas e em diversos outros territórios, como a Chechênia...
Nas prisões em que se encontram terroristas, como não há muito, no Iraque, depois em Guantánamo, ou na Turquia e em inúmeros países ditos civilizados, os métodos bárbaros para arrancar confissões, assim como nas selvas da Colômbia com os sequestrados pelo narcotráfico, estarrecem mesmo as pessoas denominadas de sangue frio.
O exemplo insano, entretanto, encontra-se presente na destruição em massa dos judeus e dos poloneses programada por Hitler, de um lado, e por Stalin, de outro, deixaram marcas inapagáveis na memória dos tempos, demonstrando que a barbárie independe de raça, cultura, nacionalidade ou situação econômica, encontrando-se no cerne do Espírito que, de um para outro momento, assume a sua brutalidade espalhando o terror e a desgraça sobre as permanentes vítimas inermes, que são os demais seres humanos.
Como se pode imaginar que, somente no campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, em menos de cinco anos foram assassinadas maquinalmente um milhão e cem mil vítimas do ódio patológico dos nazistas, sem qualquer motivo, como se motivo houvesse para tão insólita calamidade!
Apenas 27 mil prisioneiros foram libertados pelos soviéticos no dia 27 de janeiro de 1945, entre os quais, aproximadamente 500 crianças, embora os criminosos houvessem de tudo feito para apagar as marcas hediondas dos seus crimes, incendiando barracões e depósitos, para logo fugirem à justiça...
A façanha bárbara começava quando as vítimas chegavam ao campo e eram iludidas, separadas dos seus familiares com a promessa de um novo encontro, já que seriam encaminhadas para outros lares, voltando a ver-se minutos antes do banho, quando eram obrigados a despir-se, a cortar todos os cabelos por hábeis companheiros infelizes que os precederam, humilhando-os e encaminhando-os para as câmaras de gás como se fossem ser higienizados...
A princípio, eram fotografados, fazia-se uma ficha, mas com a imensa quantidade que diariamente chegava ao campo de extermínio, passaram a ser numerados, perdendo a identidade, tatuados, para sempre coisificados e detestados...
As aberrantes experiências ditas científicas dirigidas pelo Dr. Mengele, com anões e gêmeos, atingindo o máximo da rudeza, realizando cirurgias sem qualquer anestesia ou assepsia, ou ainda infectando-os com doenças contagiosas, a fim de verificarem os resultados e as possibilidades de encontrarem terapêuticas, usando-os como cobaias humanas, extraindo-lhes a pele e arrebentando-lhes os ossos, prosseguem chocantes quando todos delas tomam conhecimento...
O envenenamento era produzido pelo ZyKlon B e grãos de terra de silício, por ser muito barato e anteriormente usado para exterminar ratos, era derramado em gás por vinte minutos, assassinando 1.500 vítimas, após o que eram abertos os tubos para a entrada de ar e a saída do tóxico, sendo amontoados os cadáveres e atirados aos fornos pelos sobreviventes, que seriam os próximos para a matança desenfreada.
A farsa, muito bem urdida, exterminava os que sobreviviam dos campos de trabalho forçado, pelo excesso de labor de oito horas com péssima alimentação e promiscuidade de todo gênero, como se fossem animálias de carga desprezíveis.
Dos lares ou dos guetos de onde eram arrancadas as famílias e atiradas em vagões de trens, sem vaso sanitário, totalmente fechados, em jornadas que chegavam a duas semanas, caracterizava a técnica da crueldade, porque um número expressivo já desencarnava por asfixia, por enfermidades contraídas durante o percurso, ou porque, já enfermos, não suportavam as condições desumanas a que eram submetidos.
No começo, o ódio em Auschwitz era contra os poloneses intelectuais e honoráveis, que repudiavam a invasão do seu país ocorrida em 1º de setembro de 1939 pelos alemães e no dia 27 do mesmo mês pelos russos, dividindo sua pátria entre as duas potências perversas e insanas.
Ao aderir aos aliados, a Rússia perdeu a Polônia para os alemães que, então, a transformaram no centro de sofrimentos e programações criminosas.
A cultura do ódio levou Hitler a dizer à sua Juventude nazista, que os jovens deveriam ser impiedosos, exterminando todos os judeus e poloneses, juventude que faria o mundo tremer pela sua crueldade, hipnotizando-o de maneira jamais vista na História...
* * *
...e Jesus que havia dito que todos nos amássemos, oferecendo-se em holocausto espontâneo para demonstrar a grandeza do Seu sentimento por todos nós, continuou velando pela sociedade enlouquecida, que vem retornando através da bênção da reencarnação ao mesmo proscênio dos seus horrorosos crimes, portadores de terríveis alienações mentais, deformações orgânicas, cegueira e paralisia, mudez e idiotia, obsidiados terrivelmente por algumas das suas vítimas extremosas, nos mesmos sítios onde cometeram as arbitrariedades...
O número espantoso dos criminosos que escaparam da justiça humana, de aproximadamente 7.000 que participaram dos horrores nesses campos, deles foram alcançados apenas 800, não conseguiram fugir à consciência nem às determinações dos Soberanos Códigos, ora expiando e sofrendo as conseqüências dos horrores impostos ao seu próximo.
Infelizmente ainda existem aqueles que negam as atrocidades que foram cometidas em centenares desses centros de horror, guetos ou campos de concentração, aferrados às suas paixões e ódios entre oriente e ocidente, que vem consumindo as nações desde os já longínquos dias das Cruzadas.
Raia, lentamente, a hora nova de uma diferente sociedade, na qual o amor do Cristo estará acima dessas hórridas conquistas de breve duração, que são consumidas pelo tempo e os seus sicários vencidos pela morte, ensejando a construção da sociedade melhor por intermédio das criaturas mansas e pacíficas, que se resolverão por seguir o Divino Pastor.
Vianna de Carvalho.
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na noite de 31 de maio de 2011 em Auschwitz, Polônia, após a visita ao seu campo de extermínio e a conferência proferida no Palácio da Cultura para estudantes da Universidade da Terceira Idade
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