sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Simpósio de filosofia discute a mediunidade sob uma nova visão

Simpósio de filosofia discute a mediunidade sob uma nova visão
PUBLICAÇÃO DO SITE CORREIO FRATERNO
Por Eliana Ferrer Haddad
No último final de semana, 24 e 25 de setembro, o IEEF –Instituto Espírita de Estudos Filosóficos – realizou o III Simpósio de Filosofia Espírita, em São Paulo, tendo como tema central “A mediunidade no contexto da comunicação”. Reunindo palestrantes espíritas e não-espíritas, docentes da Universidade de São Paulo, mais de 350 participantes se envolveram numa programação integrativa, que contou com um workshop sobre“Os caminhos de Kardec”, abordando questões metodológicas do espiritismo e ainda, no final, um pinga-fogo filosófico.
Assunto bastante presente nos eventos espíritas, principalmente neste ano em que se comemoram os 150 anos de O livro dos médiuns, a mediunidade foi discutida sob uma nova abordagem, a filosófica, que analisa o tema não apenas do ponto de vista fenomenológico, mas principalmente das questões que envolvem o ser e a criação, a unidade substancial, em seus aspectos ontológicos e gnosiológicos.
Para Astrid Sayegh, é preciso que a mediunidade seja concebida não somente do ponto de vista de mediação entre Espíritos, mas como um meio de comunicação universal.“A mediunidade se funda no princípio espiritual, a comunicação se dá em essência, desde os reinos inferiores aos planos mais elevados, do átomo ao arcanjo”– explica.
O evento contou com a presença de palestrantes qualificados, como a professora Dra. Olgaria Chain Matos Feres, que falou sobre “A comunicação do ponto de vista filosófico” e o professor Dr. Frankiln Leopoldo e Silva, que abordou “O problema do discurso filosófico”. Tiago de Lima e Castro desenvolveu o tema “A Mediunidade como manifestação do ser”. Carlos Alberto Simões estabeleceu a relação “Mediunidade e Teoria do Conhecimento”, e Astrid Sayegh concluiu com uma abordagem sobre a“Intuição, mediunidade si e do Pai”.
Em sua palestra, Astrid Sayegh afirmou que Jesus dá continuidade ao Verbo Divino, ao logos divino e, portanto a sua comunicação se dá por intuição, faculdade de conhecimento e de comunicação em espírito. “Importa abordagens novas para que não nos dogmatizemos, e a Filosofia permite abordagens criativas, para que possamos sempre repensar sob novos prismas”– considera. Segundo ela – fundadora e presidente do IEEF, “a mesmidade do discurso não nos leva a transcender”.
No domingo, dia 25, os participantes homenagearam José Herculano Pires pelo seu aniversário de nascimento (1914-1979). Num tributo ao eminente filósofo espírita, natural de Avaré, SP, o IEEF fez questão de lembrar“desse Espírito de vanguarda, que teve o arrojo de articular a doutrina espírita em seus fundamentos filosóficos e sempre sua relação com a tradição filosófica”.
Herculano Pires, como afirmou o escritor Jorge Rizzini, no livro O apóstolo de Kardec, foi o que podemos chamar de homem múltiplo. Filósofo, educador, jornalista, escritor, parapsicólogo, romancista, poeta, fiel tradutor de Kardec, em todas as atividades – inclusive, fora do movimento espírita–, sua inteligência superior iluminada pelo espiritismo e aliada a uma vasta cultura humanística e sempre atual, brilhou com grande magnitude, fazendo o público crescer espiritualmente.
A editora Correio Fraterno tem a alegria de possuir entre suas obras, alguns títulos de J. Herculano Pires, como Educação para a morte, O homem novo, O finito e o infinito e O mistério do bem e do mal.
Veja o vídeo apresentado em homenagem a Herculano Pires

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