domingo, 30 de outubro de 2011

A COMPLEXA QUESTÃO DE DEUS...

A COMPLEXA QUESTÃO DE DEUS
( para uma breve reflexão) "Milton Felipeli"
Nenhuma concepção filosófica ou religiosa se aproximou tanto do raciocínio lógico e transcendental, do que a idéia monoteísta contida na filosofia vedanta.
Escrevendo em “A Filosofia Vedanta”, publicado pela Editora Vedanta Limitada, Swami Vivekananda assim se expressa: “Uma generalização que termina num Deus pessoal não pode ser universal; não pode ser verdadeira. Temos de ir adiante, ao impessoal. O Deus impessoal que propomos não é um Deus relativo; por isso não se pode dizer que ele é bom ou mau, mas que é algo além do bem e do mal, porque não é bom nem mau.”
O Deus impessoal é um grande passo à verdade.
Pascal dizia “que com argumentos humanos, não poderemos provar a existência ou a inexistência de Deus.”
Francisco de Assis, em sua “Oração ao Sol”, ensina que quando o homem pensa em Deus, com medidas de sua animalidade, conspurca-o sempre, porque lhe empresta atributos que o humanizam.
Entanto, a melhor explicação sobre o assunto foi a que lemos em“O Livro dos Espíritos”, como resposta dos espíritos à primeira indagação de Allan Kardec: Que é Deus? A resposta um tanto quanto lacônica, assim como a própria pergunta, suscita profundas reflexões filosóficas: “Deus é a Inteligência Suprema, causa primeira de todas as coisas.”
Temos aí uma visão superior de Deus. Nenhuma imagem de que Deus é uma pessoa: isto é, que o Criador não toma atitudes pessoais; não é antropomorfo.
Os espíritos tomaram o cuidado de não se aprofundarem mais na questão. Aliás, uma questão complexa para nós, e também para eles: É como se nos dissessem: “Nós os espíritos não podemos responder senão na medida do vosso grau de compreensão. Deus existe, disso não podereis duvidar e é o essencial. Creiam-nos. Não desejem ir mais além, pois certamente vocês entrarão em um labirinto de onde será muito difícil sair...”
Certamente não será difícil concluir que Deus do qual tratam as religiões é uma criação humana. Assim sendo, suscetível dos enganos humanos.
A maneira como ordenamos o pensamento para tratar de assuntos como esse, demonstra a relatividade de nossas idéias. Para pensar e examinar Deus teríamos que usar de uma lógica absoluta. Deus é absoluto. Nossa lógica é relativa ao nosso grau de evolução. Logo...
O máximo que podemos alcançar é revestir o Criador de atributos (qualidades), que supomos superlativas, isto é, as máximas que conseguimos vislumbrar. Pelo menos é um início.

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