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domingo, 9 de dezembro de 2012
Raul Teixeira, um homem no mundo
domingo, 11 de novembro de 2012
REVERENCIANDO KARDEC
REVERENCIANDO
KARDEC
Pelo Espírito Emmanuel.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro “Doutrina de Luz”.
Lição nº 07. Página 35.
Antes de Kardec, embora não
nos faltasse a crença em Jesus, vivíamos na Terra atribulados por flagelos da
mente, quais os que expomos
- o combate recíproco e
incessante entre os discípulos do Evangelho
- o cárcere das
interpretações literais
- o espírito de
seita
- a intransigência
delituosa
- o obsessão sem
remédio
- o anátema nas áreas da
filosofia e da ciência
- o cativeiro aos
rituais
- a dependência quase
absoluta dos templos de pedra para as tarefas da edificação íntima
- a preocupação de hegemonia
religiosa
- a tirania do medo, ante as
sombrias perspectivas do além-túmulo;
- o pavor da morte, por
suposto fim da vida
Depois de Kardec, porém, com
a fé raciocinada nos ensinamentos de Jesus, o mundo encontra no Espiritismo
Evangélico benefícios incalculáveis, como sejam
- a libertação das
consciências
- a luz para o caminho
espiritual
- a dignificação do serviço
ao próximo
- o
discernimento
- o livre acesso ao estudo da
lei de causa e efeito, com a reencarnação explicando as origens do sofrimento e
as desigualdades sociais
- o esclarecimento da
mediunidade e a cura dos processos obsessivos
- a certeza da vida após a
morte;
- o intercâmbio com os entes queridos
domiciliados no Além
- a seara da
esperança
- o clima da verdadeira
compreensão humana
- o lar da fraternidade entre
todas as criaturas
- a escola do Conhecimento
Superior, desvendando as trilhas da evolução e a multiplicidade das “moradas”
nos domínios do Universo
Jesus – o amor
Kardec – o
raciocínio
Jesus – o Mestre
Kardec – o
Apóstolo.
============================== ============================== =====================
ESPIRITISMO
PRATICADO
Pelo Espírito Emmanuel.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier
Livro “Nosso Livro”. Lição nº
36; Página 85.
Irmãos, recordando Allan
Kardec, na prática espiritista, lembremo-nos de que, no Espiritismo praticado, é
necessário
- Colocar os interesses
divinos acima dos caprichos humanos.
- Negar-se a si mesmo, tomar
a cruz da elevação e seguir com o Senhor.
- Reformar-se em Cristo, antes de
reclamar a reforma dos outros.
- Exemplificar o bem, antes
de ensiná-lo.
- Servir sem propósitos de
recompensa
- Consolar, antes de procurar
consolações
- Amar sem
exigências
- Usar os bens do Pai, sem os
desvarios da posse
- Compreender, antes de
reclamar compreensão alheia
- Agradecer, antes de
pedir
- Confiar sem
angústias
- Cumprir todos os deveres da
cooperação, sem as trevas da incompreensão e da queixa
Jesus é o Caminho, Verdade e
Vida
Kardec é Trabalho,
Solidariedade e Tolerância
O Caminho da realização não
dispensa o trabalho
O templo da Verdade não
exclui a solidariedade legítima
A Vida eterna pede a luz da
tolerância construtiva
O Espiritismo em seu tríplice
aspecto, científico, filosófico, religioso, é movimento libertador das
consciências, mas só o Espiritismo praticado liberta a consciência de cada
um
Lembrando o grande
Missionário, não vos esqueçais de que o Espiritismo prático pode ser o
Espiritismo do eu e que só o Espiritismo praticado é o Espiritismo de
Deus.
domingo, 28 de outubro de 2012
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Respondendo e Esclarecendo sobre a Prece
A prece deve ser dirigida a Jesus Cristo ou a Deus?
A prece, quando é anseio legítimo e impulso profundo da alma, vence as resistências naturais do envolvimento fluídico do globo e ascende a esferas altas, o quanto alcance, onde é recebida e analisada; e o atendimento se dará conforme o mérito e quando for julgado justo e não inconveniente ao progresso espiritual do solicitante; mas em todos os casos, sempre exite uma grande margem para a manifestação da misericórdia divina em benefício do necessitado.Não importa, portanto, que seja dirigida a Deus, ou a deuses ou santos de outros credos.
Qual a diferença ente oração e prece?
Doutrinariamente há diferença entre oração e prece. A oração, entendida como prece pode, também ser uma prédica, um discurso, enquanto que prece é sempre uma ligação espiritual com o Alto ou com benfeitores espirituais.Vibrações e preces são a mesma coisa?
Vibração, como doutrinariamente se define, é um ato mental e sentimental conjugados: o Espírito encarnado, pela ação da vontade, emite, através da mente, ondulações energéticas para benefício de determinada pessoa necessitada, em presença ou a distância. Nos casos de cura, por exemplo, a emissão é para socorrer doentes e necessitados em geral e, se for feita com amor e desejo firme de obter os resultados esperados, as ondulações vibratórias terão muito maior intensidade e os efeitos serão muito mais positivos.Para isso, o Espírito doador movimenta os sentimentos que atingem o alvo na forma de calor e luminosidade, sendo os melhores possíveis, os resultados do atendimento.
Não confundir, porém, esse tipo de vibração com outra, material, mecânica como, por exemplo, a de uma cordea de violão que se distende e depois se solta fazendo vibrar o ar ambiente, produzindo som mais alto ou agudo, segundo a amplitude da distensão e a rapidez das oscilações da corda ao voltar a seu ponto de estabilidade anterior.
E quanto à prece, esta é também uma projeção mental e ao mesmo tempo um arroubo da alma, expressando um desejo, ou uma súplica que se dirige a poderes espirituais mais elevados e que, conforme sua intensidade e pureza, atinge regiões mais altas ou menos altas, na subida para sua meta.
Se a prece for simplesmente mecânica e não tiver vibração sentimental que baste, não conseguirá romper a massa escura e densa da atmosfera, não atingirá o alvo visado e não produzirá os efeitos que desejamos alcançar.
A Doutrina Espírita proíbe ajoelhar-se ao fazer prece?
Não há proibição mas, para fazer preces é indiferente a posição que se toma, os gestos que se fazem, porque a prece é um ato psíquico mental, não material.Qual o valor das preces mortuárias?
Como o Espiritismo não tem ritos nem cerimônias, para a despedidad daqueles que se retiram da vida terrena, bastariam as vibrações e as preces em comum, caso desejem que sejam feitas. Mas estas terão valor muito relativo, porque o que vai ser de utilidade maior àquele que desencarne será a conduta que teve, os atos que praticou, a pureza dos sentimentos, não sendo necessário nem cabível a espíritas solicitar cerimônias mortuárias de outra religião, a não ser que desconheçam a Doutrina, ou sejam simples aderentes de superfície.Que se pode tirar de utilidade em se fazer concentrações demoradas e preces mil vezes repetidas, mas em nada se vê alterar o procedimento?
Deus está em tudo, como um alento de vida, como o perfume em uma flor; tudo vê, tudo sente e tudo sabe. Nós somos uma partícula de Deus evoluindo na matéria e se, em nossas concentrações e preces, conseguirmos sintonizar com Ele, passaremos também a sentir e ver e saber muito mais além da nossa cegueira natural de seres encarnados e retardados.
A busca de Deus e a aproximação com Ele por meio da concentração e da prece, fugindo às neuroses e às maldades do mundo, somente nos engrandecem espiritualmente se formos sinceros, humildes e suficientemente penetrantes.
Tanto mais os seres humanos sintonizam com Deus, tanto mais capazes se tornarão de traduzir as Suas leis e interpretá-las aos semelhantes, agindo como mensageiros Seus, porta-vozes Seus.
Outra coisa a esclarecer é que a maior parte das preces visa pedir benefícios pessoais, ao invés de ter em vista sobretudo a comunhão com Ele e com nossos semelhantes em sentido universal.
E muitos fazem suas preces sem primeiramente limparem seu coração de suas maldades e suas mentes de seus pensamentos inferiores, muitas vezes maléficos ou egoístas. Que benefício esperam assim obter?
Edgard Armond, Respondendo e Esclarecendo – Editora Aliança
sexta-feira, 18 de maio de 2012
Por que reencarnamos?

Segundo o Espiritismo, na medida em que vamos conhecendo o estudo sobre a vida, aprendemos mais sobre a criação do espírito, as existências, os planetas e as condições de abrigo e sustentação para o crescimento moral de todo aquele que evolui de acordo com o próprio esforço e ação no bem.
Estudiosos da Doutrina Espírita ainda afirmam que a reencarnação do espírito se dá por meio de uma necessidade natural, em que após um período na erraticidade, ou seja, no plano espiritual, o espírito reencarnante se submete a novas experiências no plano físico, a fim de aprimorar o aprendizado do amor universal entre pessoas e situações para fortalece-lo no alcance deste objetivo.
Espíritas e espiritualistas revelam que Deus nos concede o esquecimento das vidas passadas para evitarmos conflitos indesejáveis, como por exemplo as acusações, fracassos e frustrações das quais passamos e que nos perseguiriam por todo o período reencarnatório com aqueles a quem prejudicamos, ou por quem fomos prejudicados de uma forma direta ou indireta.
Na obra "O Livro dos Espíritos" de Allan Kardec, capítulo VII – Retorno à vida corporal – Esquecimento do passado, encontramos mais esclarecimentos sobre a questão do esquecimento de vidas passadas na pergunta 393: “Como pode o Homem ser responsável por atos e resgatar faltas dos quais não se recorda? – Seria concebível que as tribulações da vida fossem para ele uma lição, desde que não se recorda, cada existência é para ele como se fosse a primeira, e é assim que ele está sempre a recomeçar."
As conclusões apresentadas pelos espíritas, conclamam que o ser reencarnado atende sua consciência no cumprimento do bem, por isso, aceita as dores de sua existência sem se entregar a elas, traçando um foco para o avanço moral / intelectual, entendendo que tudo faz parte de um planejamento que pode e deve ser melhorado por sua atitude.

O Espírito de Verdade, responsável pela organização da obra O Livro dos Espíritos, em uma mensagem nesta mesma obra, ressalta a importância de refletir sobre a reencarnação e seus benefícios: “O Homem não pode permanecer perpetuamente na ignorância, porque deve chegar ao fim determinado pela providência; ele se esclarece pela própria força das circunstâncias. As revoluções morais, como as revoluções sociais, se infiltram pouco a pouco nas ideias, germinam ao longo dos séculos e depois explodem subitamente, fazendo ruir os edifícios carcomidos do passado, que não se encontra mais de acordo com as necessidades novas e as novas aspirações". Espírito de Verdade – Livro dos Espíritos
O Espiritismo afirma que somos alunos da vida e que sempre haverá algo para aprender, conceitos a reaprender, informações a adquirir. Ressalta que estamos relacionados à lei do amor, transformando no presente, o passado de equívocos, em um futuro promissor de virtudes e conquistas, por meio das sucessivas existências que tivemos e que ainda teremos na aquisição da evolução do espírito.
Fonte: O Livro dos Espíritos por Allan Kardec
segunda-feira, 30 de abril de 2012
Receita contra o egoísmo

Procure esquecer o lado escuro da personalidade do próximo.
Aprenda a ouvir com calma os longos apontamentos do seu irmão, sem o impulso de interromper-lhe a palavra.
Olvide a ilusão de que seus parentes são as melhores pessoas do mundo e de que a sua casa deve merecer privilégios especiais.
Não dispute a paternidade das idéias proveitosas, ainda mesmo que hajam atravessado o seu pensamento, de vez que a autoria de todos os serviços de elevação pertencem, em seus alicerces, a Jesus, nosso Mestre e Senhor.
Não cultive referências à sua própria pessoa, para que a vaidade não faça ninho em seu coração.
Escute com serenidade e silêncio as observações ásperas ou amargas dos seus superiores hierárquicos e auxilie, com calma e bondade, aos companheiros ou subalternos, quando estiverem tocados pela nuvem da perturbação.
Receba com carinho as pessoas neurastênicas ou desarvoradas, vacinando o seu fígado e a sua cabeça contra a intemperança mental.
Abandone a toda espécie de crítica, compreendendo que você poderia estar no banco da reprovação.
Habitue-se a respeitar as criaturas que adotem pontos de vista diferentes dos seus e que elegeram um gênero de felicidade diversa da sua, para viverem na Terra com o necessário equilíbrio.
Honre a caridade em sua própria casa, ajudando, em primeiro lugar, aos seus próprios familiares, através do rigoroso desempenho de suas obrigações, para que você esteja realmente habilitado a servir ao Mundo e à Humanidade, hoje e sempre.
André Luiz
(Do livro “Marcas do Caminho”, Francisco Cândido Xavier)
quarta-feira, 25 de abril de 2012
ANENCEFALIA - Joanna de Angelis
Nada no Universo ocorre como fenômeno caótico, resultado de alguma desordem que nele predomine. O que parece casual, destrutivo, é sempre efeito de uma programação transcendente, que objetiva a ordem, a harmonia.
De igual maneira, nos destinos humanos sempre vige a Lei de Causa e Efeito, como responsável legítima por todas as ocorrências, por mais diversificadas apresentem-se.
O Espírito progride através das experiências que lhe facultam desenvolver o conhecimento intelectual enquanto lapida as impurezas morais primitivas, transformando-as em emoções relevantes e libertadoras.
Agindo sob o impacto das tendências que nele jazem, fruto que são de vivências anteriores, elabora, inconscientemente, o programa a que se deve submeter na sucessão do tempo futuro.
Harmonia emocional, equilíbrio mental, saúde orgânica ou o seu inverso, em forma de transtornos de vária denominação, fazem-se ocorrência natural dessa elaborada e transata proposta evolutiva.
Todos experimentam, inevitavelmente, as consequências dos seus pensamentos, que são responsáveis pelas suas manifestações verbais e realizações exteriores.
Sentindo, intimamente, a presença de Deus, a convivência social e as imposições educacionais, criam condicionamentos que, infelizmente, em incontáveis indivíduos dão lugar às dúvidas atrozes em torno da sua origem espiritual, da sua imortalidade.
Mesmo quando se vincula a alguma doutrina religiosa, com as exceções compreensíveis, o comportamento moral permanece materialista, utilitarista, atado às paixões defluentes do egotismo.
Não fosse assim, e decerto, muitos benefícios adviriam da convicção espiritual, que sempre define as condutas saudáveis, por constituírem motivos de elevação, defluentes do dever e da razão.
Na falta desse equilíbrio, adota-se atitude de rebeldia, quando não se encontra satisfeito com a sucessão dos acontecimentos tidos como frustrantes, perturbadores, infelizes...
Desequipado de conteúdos superiores que proporcionam a autoconfiança, o otimismo, a esperança, essa revolta, estimulada pelo primarismo que ainda jaz no ser, trabalhando em favor do egoísmo, sempre transfere a responsabilidade dos sofrimentos, dos insucessos momentâneos aos outros, às circunstâncias ditas aziagas, que consideram injustas e, dominados pelo desespero fogem através de mecanismos derrotistas e infelizes que mais o degrada, entre os quais o nefando suicídio.
Na imensa gama de instrumentos utilizados para o autocídio, o que é praticado por armas de fogo ou mediante quedas espetaculares de edifícios, de abismos, desarticula o cérebro físico e praticamente o aniquila...
Não ficariam aí, porém, os danos perpetrados, alcançando os delicados tecidos do corpo perispiritual, que se encarregará de compor os futuros aparelhos materiais para o prosseguimento da jornada de evolução.
É inevitável o renascimento daquele que assim buscou a extinção da vida, portando degenerescências físicas e mentais, particularmente a anencefalia.
Muitos desses assim considerados, no entanto, não são totalmente destituídos do órgão cerebral.
Há, desse modo, anencéfalos e anencéfalos.
Expressivo número de anencéfalos preserva o cérebro primitivo ou reptiliano, o diencéfalo e as raízes do núcleo neural que se vincula ao sistema nervoso central…
Necessitam viver no corpo, mesmo que a fatalidade da morte após o renascimento, reconduza-os ao mundo espiritual.
Interromper-lhes o desenvolvimento no útero materno é crime hediondo em relação à vida. Têm vida sim, embora em padrões diferentes dos considerados normais pelo conhecimento genético atual...
Não se tratam de coisas conduzidas interiormente pela mulher, mas de filhos, que não puderam concluir a formação orgânica total, pois que são resultado da concepção, da união do espermatozoide com o óvulo.
Faltou na gestante o ácido fólico, que se tornou responsável pela ocorrência terrível.
Sucede, porém, que a genitora igualmente não é vítima de injustiça divina ou da espúria Lei do Acaso, pois que foi corresponsável pelo suicídio daquele Espírito que agora a busca para juntos conseguirem o inadiável processo de reparação do crime, de recuperação da paz e do equilíbrio antes destruído.
Quando as legislações desvairam e descriminam o aborto do anencéfalo, facilitando a sua aplicação, a sociedade caminha, a passos largos, para a legitimação de todas as formas cruéis de abortamento.
... E quando a humanidade mata o feto, prepara-se para outros hediondos crimes que a cultura, a ética e a civilização já deveriam haver eliminado no vasto processo de crescimento intelecto-moral.
Todos os recentes governos ditatoriais e arbitrários iniciaram as suas dominações extravagantes e terríveis, tornando o aborto legal e culminando, na sucessão do tempo, com os campos de extermínio de vidas sob o açodar dos mórbidos preconceitos de raça, de etnia, de religião, de política, de sociedade...
A morbidez atinge, desse modo, o clímax, quando a vida é desvalorizada e o ser humano torna-se descartável.
As loucuras eugênicas, em busca de seres humanos perfeitos, respondem por crueldades inimagináveis, desde as crianças que eram assassinadas quando nasciam com qualquer tipo de imperfeição, não servindo para as guerras, na cultura espartana, como as que ainda são atiradas aos rios, por portarem deficiências, para morrer por afogamento, em algumas tribos primitivas.
Qual, porém, a diferença entre a atitude da civilização grega e o primarismo selvagem desses clãs e a moderna conduta em relação ao anencéfalo?
O processo de evolução, no entanto, é inevitável, e os criminosos legais de hoje, recomeçarão, no futuro, em novas experiências reencarnacionistas, sofrendo a frieza do comportamento, aprendendo através do sofrimento a respeitar a vida…
Compadece-te e ama o filhinho que se encontra no teu ventre, suplicando-te sem palavras a oportunidade de redimir-se.
Considera que se ele houvesse nascido bem formado e normal, apresentando depois algum problema de idiotia, de hebefrenia, de degenerescência, perdendo as funções intelectivas, motoras ou de outra natureza, como acontece amiúde, se também o matarias?
Se exercitares o aborto do anencéfalo hoje, amanhã pedirás também a eliminação legal do filhinho limitado, poupando-te o sofrimento como se alega no caso da anencefalia.
Aprende a viver dignamente agora, para que o teu seja um amanhã de bênçãos e de felicidade.
Joanna de Ângelis
Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na reunião mediúnica da noite de 11 de abril de 2012, quando o Supremo Tribunal de Justiça, estudava a questão do aborto do anencéfalo, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia
domingo, 22 de abril de 2012
“No final, sem a menor dúvida, o amor vencerá”
Juiz de Direito em Campina
Grande-PB, o confrade fala
sobre a influência do conhecimento espírita sobre
o aprimoramento das leis do país
sobre a influência do conhecimento espírita sobre
o aprimoramento das leis do país
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Kéops Vasconcelos (foto),
natural de Bom Conselho-PE e atualmente residente em Campina Grande-PB, é Juiz
de Direito. Espírita desde 1996, vincula-se, no meio espírita, ao NEDE – Núcleo
de Estudos da Doutrina Espírita como Diretor Executivo; à AME-CG – Associação
Municipal Espírita de Campina Grande-PB como Diretor Adjunto, e à ABRAME –
Associação Brasileira de Magistrados Espíritas como Delegado Seccional na
Paraíba, além de integrar a Comissão de Acompanhamento Legislativo da Federação
Espírita Brasileira.
Na entrevista que nos concedeu,
nosso
|
entrevistado apresenta
considerações expressivas sobre o Direito e suas conexões com o Evangelho, com o
Espiritismo e com o progresso da Humanidade.
Comente sobre o
movimento espírita organizado pela Associação dos Magistrados Espíritas em seu
Estado
|
Desde que assumimos
a Delegacia Seccional da ABRAME na Paraíba, em 2005, passamos a organizar
palestras de cunho espírita no Fórum de Campina Grande, mensalmente. No início,
de forma tímida, com a participação de alguns poucos servidores espíritas, mas
hoje sempre com a participação efetiva e destacada de dezenas (e às vezes
centenas) de pessoas, entre magistrados, advogados e a comunidade espírita
local. Também realizamos em 2010 o I Encontro Regional de Magistrados Espíritas,
com o tema "Diálogo Entre Justiça e Sociedade", com enorme aceitação e
participação, o que nos motivou a organizar o II Encontro, nos próximos dias 18
e 19 de maio, com o tema central "Justiça em Transição". A finalidade maior é a
humanização da Justiça, a partir da espiritualização de seus juízes.
Nacionalmente
considerando, como está a expansão e organização dessas
atividades?
Em vários Estados,
as Delegacias Seccionais da ABRAME vêm também buscando realizar palestras no
ambiente forense, a exemplo de Minas Gerais, Bahia e Goiás. Ao mesmo tempo,
também são organizados em alguns locais grupos de estudos da Doutrina Espírita.
Hoje, a ABRAME conta com mais de 700 magistrados associados, dentre juízes de
Direito, juízes do trabalho, juízes federais, desembargadores e ministros de
tribunais superiores. Com a recente fundação da Associação Jurídico-Espírita do
Brasil - AJE, congregando diversos outros atores da cena jurídica, como
advogados, promotores de justiça, procuradores e delegados, creio que iremos
somar esforços no sentido da ampliação das atividades nos Estados, sempre
buscando uma maior divulgação da Doutrina no segmento jurídico.
O pensamento espírita
atraiu grande número de acadêmicos, nas diferentes áreas. Especificamente na
área do Direito, o que mais conquista ou chama atenção nos conteúdos
doutrinários espíritas?
Como professor
universitário, nunca tive receio de, sempre que oportuno, transmitir aos alunos
conceitos ajustados à ética espírita. Como não fazê-lo, nas ocasiões em que se
debate em sala de aula acerca da pena de morte, do aborto, da eutanásia, da
anencefalia? Sem nenhuma preocupação com o proselitismo, é interessante perceber
que ao longo dos anos inúmeros foram os alunos e ex-alunos que, a partir dessas
conversas, se interessaram pela Doutrina e passaram a estudar e participar
efetivamente do Movimento Espírita. Inúmeros também são os acadêmicos de Direito
que têm comparecido ao Fórum para assistir às palestras promovidas pela
ABRAME. Considerando que uma das leis morais destacadas em “O Livro dos
Espíritos” (capítulo XI) é a lei de justiça, de amor e de caridade, é natural
que o pensamento espírita permeie a atividade jurídica, pois a justiça dos
homens está irremediavelmente influenciada pela justiça divina, embora ainda
imperfeita e ocasionalmente injusta, devido às limitações humanas.
Considera que
atualmente o pensamento espírita já influencia a legislação, a atuação e as
decisões em julgamentos em nosso país?
Costumo dizer que o
magistrado, por ser espírita, não é, só por isso, melhor ou mais justo do que os
magistrados não-espíritas. Todavia, quanto mais se conhece e se aprofunda no
conhecimento doutrinário, especialmente da lei de causa e efeito, aumenta-nos a
responsabilidade em buscarmos ajustar a nossa conduta, inclusive na atividade
judicante, às leis morais do Cristo. A própria FEB, sensível à necessidade de
aperfeiçoamento das leis brasileiras, acabou de constituir uma Comissão de
Acompanhamento Legislativo, a qual tenho a honra de integrar, com a finalidade
precípua de acompanhar a tramitação de projetos de lei e de emendas à
Constituição que tratem de temas relevantes e que de algum modo possam vir a
interferir na nossa elevação espiritual, tais como as que tratam do estatuto do
nascituro, do aborto, da pena de morte, da eutanásia, da descriminalização do
uso de entorpecentes etc. A intenção é não apenas acompanhar, mas intervir,
quando oportuno e necessário, no sentido de aprimorar a elaboração dessas leis
ou, se for o caso, evitar que sejam aprovadas e entrem em vigor.
Nos demais países,
pelo menos nos mais desenvolvidos, está também havendo progresso na área do
Direito, para maior adequação com os princípios do amor apresentados pelo
Evangelho?
O mundo está em plena
fase de transição, como sabemos. A área do Direito não fica imune a essa
perspectiva. O progresso é constante, ainda que tenhamos eventualmente alguns
tropeços. Com a chamada globalização, com as comunicações se difundindo em tempo
real em todo o planeta, é natural que haja a influência recíproca de valores e
culturas. É cada vez menor o número de países que ainda adotam a pena de morte,
que admitem a eutanásia, que legalizam o uso de entorpecentes. O que ainda nos
preocupa é o crescimento de vozes favoráveis à legalização do aborto, embora
também se perceba cada vez mais uma resistência das populações a essa tentativa
insana. No final, o amor vencerá, sem a menor dúvida.
No Brasil, o
amadurecimento das ideias de justiça já traz reflexos práticos na área
jurídica?
Sim, naturalmente. Um
exemplo concreto disso é a chamada "lei da ficha limpa", de iniciativa popular,
que foi aprovada pelo Congresso Nacional e recentemente declarada constitucional
pelo Supremo Tribunal Federal. É uma tendência natural que temos de evoluir,
para expurgar da atividade política aqueles que se mostraram corruptos,
desonestos, que malversaram o dinheiro público, que usaram do poder político
para se locupletarem. É a justiça humana se alinhando cada vez mais com as leis
morais evangélicas.
Como estudioso do
Espiritismo e formação acadêmica na área do Direito, o que mais lhe chama
atenção em toda a grandeza doutrinária-cultural do Espiritismo? O que mais me chama a
atenção é a lei de progresso. Essa me parece uma das mais sublimes e
consoladoras leis morais. É bastante significativo percebermos quanto essa lei,
conjugada à lei de causa e efeito, nos impele sempre para um estágio mais
avançado na senda evolutiva. Os que hoje são criminosos amanhã serão
inevitavelmente os lidadores das causas cristãs. A literatura espírita está
repleta de personagens que outrora agiram com desacerto e que, chamados à
consciência pelo arrependimento, pelo remorso, pela expiação e pela reparação
dos males, tornaram-se exemplos vivos de progresso moral, a exemplo de Saulo de
Tarso, Públio Lentulus e Judas Iscariotes. Esse é também o destino de cada um de
nós, cedo ou tarde, a depender apenas do nosso próprio
livre-arbítrio.
Que ligação podemos
fazer entre Jesus e o Direito?
Jesus, essa alma
sublime, nos legou inúmeros exemplos de justiça. Foi o advogado e o conciliador
na passagem da mulher adúltera; foi o justo juiz na passagem dos trabalhadores
da última hora; foi o legislador magnânimo ao traduzir toda a moral cristã nas
sentenças "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo" e
"fazei aos outros aquilo que gostaríeis que os outros lhes fizessem"; foi o
professor seguro quando narrou a parábola do bom samaritano.
Nas especializações
do Direito, qual a área que mais se destaca ou se identifica com o atual estágio
da humanidade e mesmo com os ensinos do Espiritismo?
Entendo que em todas
as áreas do Direito é possível aplicar os ensinos espíritas de forma concreta.
Todavia, por terem uma influência mais direta na vida, na liberdade e na paz dos
seres humanos, é possível destacar o Direito de Família, o Direito Penal, o
Direito das Execuções Penais e o da Infância e Juventude, como sendo as áreas em
que mais se pode inspirar nos ensinamentos cristãos em geral. Atualmente, o
Direito Ambiental também se revela bastante importante nesse processo de
evolução humana, por nos trazer limites à degradação da natureza e,
consequentemente, preservando a própria vida humana na Terra. Igualmente
relevante é a aplicação do conhecimento espírita nas Varas da Violência
Doméstica, naquilo que revela as causas das dissensões familiares. Não se pode
deixar de considerar, ainda, a enorme importância que o Direito Internacional
Público pode exercer na pacificação entre os povos e na democratização das
relações entre os Estados.
Algo mais que
gostaria de acrescentar?
Agradeço imensamente
pela cortesia de nos abrir esse espaço rico de divulgação da Doutrina Espírita.
A busca constante pelo aperfeiçoamento moral, especialmente no exercício da
magistratura, é o que tem movido as nossas ações. A atividade de julgar os atos
dos nossos semelhantes é árdua e complexa, mas com boa vontade e, sobretudo, com
disposição para enfrentar cada processo, cada desafio, com vistas à máxima
aproximação com a Justiça Divina, deve ser o móvel de nossa conduta
profissional, pois a quem mais é dado mais será cobrado. Focado nessa
consciência, é possível cumprir a tarefa que nos foi atribuída, reparando, por
certo, equívocos e quedas ocorridos no passado espiritual.
sábado, 21 de abril de 2012
O Tiradentes e seus derradeiros
momentos
Hoje, 21 de abril, dia em que foi
executado Tiradentes, é feriado nacional e, portanto, uma boa oportunidade para
dizer alguma coisa sobre aquele que é considerado mártir da Inconfidência
Mineira e patrono cívico do Brasil.
Joaquim José da Silva Xavier, seu
nome verdadeiro, nasceu em 1746 e morreu em 21 de abril de 1792, quando contava
45 anos de idade. Dentista, tropeiro, minerador, comerciante, militar e ativista
político, ele atuou no Brasil colonial, mais especificamente nas capitanias de
Minas Gerais e Rio de Janeiro. A cidade mineira de Tiradentes, antiga Vila de
São José do Rio das Mortes, foi assim renomeada em sua homenagem.
No livro Brasil, Coração do
Mundo, Pátria do Evangelho, de Humberto de Campos, psicografado por Chico
Xavier, seu autor descreve os fatos que se deram a partir do momento em que os
inconfidentes ouviram a sentença de sua condenação, incluindo o episódio da
morte e da desencarnação de Tiradentes, que adiante reproduzimos:
“Os historiadores falam do grande
pavor daqueles onze homens que se ajuntavam, andrajosos e desesperados, na sala
do Oratório, para ouvirem a sentença da sua condenação, após três longos anos de
separação, em que haviam ficado incomunicáveis nos diversos presídios da época.
A leitura da peça condenatória, pelo Desembargador Francisco Alves da Rocha,
levou quase duas horas. Depois de conhecerem os seus termos, os infelizes
conjurados passaram às mais dolorosas e recíprocas recriminações.
Os mais tristes quadros de
fraqueza moral se patenteavam naqueles corações desiludidos e desamparados; mas,
no dia seguinte, a dura sentença era modificada. D. Maria I havia comutado
anteriormente as penas de morte em perpétuo degredo nas desoladas regiões
africanas, com exceção do Tiradentes, que teria de morrer na forca,
conservando-se o cadáver insepulto e esquartejado, para escarmento de quantos
urdissem novas traições à coroa portuguesa.
O mártir da inconfidência, depois
de haver apreciado, angustiadamente, a defecção dos companheiros, reveste-se de
supremo heroísmo. Seu coração sente uma alegria sincera pela expiação cruel que
somente a ele fora reservada, já que seus irmãos de ideal continuariam na posse
do sagrado tesouro da vida. As falanges de Ismael lhe cercam a alma leal e
forte, inundando-a de santas consolações.
Tiradentes entrega o espírito a
Deus, nos suplícios da forca, a 21 de abril de 1792. Um arrepio de aflitiva
ansiedade percorre a multidão, no instante em que o seu corpo balança, pendente
das traves do cadafalso, no Campo da Lampadosa. Mas, nesse momento, Ismael
recebia em seus braços carinhosos e fraternais a alma edificada do
mártir.
— Irmão querido — exclama ele —
resgatas hoje os delitos cruéis que cometeste quando te ocupavas do nefando
mister de inquisidor, nos tempos passados. Redimiste o pretérito obscuro e
criminoso, com as lágrimas do teu sacrifício em favor da Pátria do Evangelho de
Jesus. Passarás a ser um símbolo para a posteridade, com o teu heroísmo
resignado nos sofrimentos purificadores. Qual novo gênio surges, para espargir
bênçãos sobre a terra do Cruzeiro, em todos os séculos do seu futuro.
Regozija-te no Senhor pelo desfecho dos teus sonhos de liberdade, porque cada um
será justiçado de acordo com as suas obras. Se o Brasil se aproxima da sua
maioridade como nação, ao influxo do amor divino, será o próprio Portugal quem
virá trazer, até ele, todos os elementos da sua emancipação política, sem o
êxito incerto das revoluções feitas à custa do sangue fraterno, para multiplicar
os órfãos e as viúvas na face sombria da Terra...
Um sulco luminoso desenhou-se nos
espaços, à passagem das gloriosas entidades que vieram acompanhar o espírito
iluminado do mártir, que não chegou a contemplar o hediondo espetáculo do
esquartejamento.
Daí a alguns dias, a piedosa
rainha portuguesa enlouquecia, ferida de morte na sua consciência pelos remorsos
pungentes que a dilaceravam e, consoante as profecias de Ismael, daí a alguns
anos era o próprio Portugal que vinha trazer, com D. João VI, a independência do
Brasil, sem o êxito incerto das revoluções fratricidas, cujos resultados
invariáveis são sempre a multiplicação dos sofrimentos das criaturas,
dilaceradas pelas provações e pelas dores, entre as pesadas sombras da vida
terrestre.”
quarta-feira, 11 de abril de 2012
FILME ÁREA Q - filme Espírita co-produzido pela Fundação Espírita André Luiz - estréia dia 13/04/2012
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Páscoa a Luz da Doutrina Espírita

Segundo a Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, não há nenhuma espécie de culto a simbologias ou ritos. Por outro lado, para as sociedades, em grande parte marcadas na história pela vida de Cristo, o modus de vida se dá anualmente pelo calendário cristão, que demarca momentos de reflexão e pausa para amar ao próximo, como o Natal e a Páscoa.
Para a Doutrina Espírita, o verdadeiro espírita se reconhece "pela sua transformação moral e pelos esforços que empreende em domar suas más inclinações" (KARDEC, em O Evangelho Segundo o Espiritismo). É neste sentido, então, que se dá a compreensão de Páscoa: a busca pela Reforma Íntima, burilando o lado do homem velho que há dentro de cada um, para renascer um homem novo.
O sentido de renovação da Páscoa para os cristãos espíritas se concretiza na renovação de si mesmo, na melhoria íntima e evolução espiritual, sendo esta a única forma de transformação das relações humanas e da vivência mundana, levando-nos a atingir a verdadeira felicidade, através da Lei Divina da Evolução, à qual todos estamos fadados a seguir. Os símbolos do coelho, dos ovinhos de páscoa, o vinho, o peixe, são, à luz da Doutrina, apenas formas concretas e materializadas encontradas pelo homem para representar o seu desejo de vida, de renovação, de resignação e fé em Deus, nosso pai, e Cristo, nosso irmão, modelo e mestre.
No entanto, se essa foi uma forma que a humanidade encontrou de fazer uma pausa para reflexão acerca da moral de Jesus e de amar aos seus semelhantes... Pois que todos os dias possam ser de Páscoa e todas as religiões a preguem com a santidade que o seu verdadeiro significado merece. E, sobretudo, que todo indivíduo, filho de Deus que é, possa corresponder às oportunidades da reencarnação e de cada dia que lhe é concebido para transformar-se num homem novo, buscando compreender e seguir a moral cristã que nos foi ensinada pessoalmente por nosso irmão maior, concretizando-se em sua Lei de Amor.
Que desta forma todos possam receber nesta época, como em todas as outras, muita luz e muita paz de Jesus Cristo e de nosso Pai Celestial.
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