domingo, 9 de dezembro de 2012

Raul Teixeira, um homem no mundo


 





 







José Raul Teixeira


Raul Teixeira, um homem no mundo
Guia espiritual de muitas e muitas pessoas, Raul Teixeira tem sido também um “protetor da codificação espírita”


Faz pouco mais de um ano que o confrade José Raul Teixeira sofreu um AVC e parece-me justo render uma homenagem a este valoroso trabalhador da doutrina espírita.
Fiquei pensando em como sintetizar a vida notável do amigo e confrade Raul Teixeira, e felizmente encontrei um texto recente de excelente qualidade, de autoria de Maria Helena Marcon, que foi publicado no jornal Mundo Espírita de agosto de 2012, em razão da homenagem prestada pela Federação Espírita do Paraná, de forma que tomo a liberdade de reproduzir esse texto, e, na sequência, acrescentarei outras informações sobre Raul Teixeira.
“Ele nasceu em Niterói-RJ, e sua trajetória de servidor do Cristo cedo se iniciou. Desde o dia em que adentrou a Mocidade Espírita do Grupo Espírita Leôncio de Albuquerque, a convite do amigo José Luiz Vilaça e, por insistência da mãe daquele, não mais parou.
Era o dia 8 de abril de 1967, e Raul Teixeira tinha dezessete anos. A inspirada coordenadora da Mocidade, Cecília Einstoss, lhe fez uma pergunta a respeito da temática do dia: o grande legislador hebreu.

Raul, apaixonado que era pelo personagem, discorreu por uns vinte minutos a respeito. Iniciava ali a sua jornada de bênçãos.

A oratória logo se lhe desenvolveu e começaram as viagens, os convites, tantos que a agenda não mais comportava, sendo passados de um a outro ano.

Estudioso, fez da Codificação Espírita seu alicerce para a palavra e a escrita. Desenvolvendo-se-lhe a psicografia, esperou, paciente, a ordem espiritual para a publicação do seu primeiro livro, que foi editado em 1990. Um livro dedicado ao jovem, escrito por um jovem desencarnado, através de um jovem médium: Cântico da Juventude, de Ivan Albuquerque.

Hoje, as suas obras mediúnicas somam quase quatro dezenas, portando orientações para a madureza, os médiuns, os trabalhadores do Movimento Espírita, os jovens, a criança, o homem em geral, o cidadão.

Prosa, verso, assuntos diversos desfilam, reproduzindo o pensamento de Espíritos, como o benfeitor espiritual Camilo, Sebastião Lasneau, Thereza de Brito, Levy, Ivan de Albuquerque, Joanes, Francisco de Paula Vítor, Rosângela Costa Lima, Hans Swigg, José Lopes Neto, e sua própria mãe, desencarnada quando ele era menino, Benedita Maria.
“Sou um homem no mundo”, apenas isso, diz Raul
Uma particularidade tem a mediunidade de Raul: receber mensagens de Espíritos quase esquecidos do Movimento Espírita do Brasil e do Mundo, mas que foram e continuam sendo grandes trabalhadores. Raul os detecta e lhes traz as orientações, firmando-as no papel, em abençoado trabalho psicográfico.
Alguns desses registros, ocorridos ao ensejo das reuniões do Conselho Federativo Nacional, em Brasília, em mais de uma oportunidade, emocionaram profundamente os que haviam tido a ventura de conviver com uma ou outra daquelas personalidades. E, então, teciam comentários a respeito do seu papel frente às lides espíritas, devotadas ao trabalho do Bem.

Raul é bastante reservado quando se trata de seus dados biográficos ou de lhe render homenagens. Um tanto difícil, quase, conseguir-lhe algumas informações.

Quero apenas ser um amigo das pessoas e ficaria muito feliz se me vissem assim –
disse certa vez a Cezar Said. E, logo adiante, definiu-se: Sou um homem no mundo e não pretendo outra coisa senão isso, continuar a ser um homem no mundo.

E assim é. Consciente do trabalho que realiza, há quarenta e cinco anos, fala a respeito dele sem falsa modéstia: trabalhador consciente do seu valor de divulgação e vivência dos postulados da Doutrina Espírita. Mas, quem possa ter a ventura de privar de alguns momentos a mais, com ele, logo verificará que não é alguém que somente fala a respeito de Espiritismo.

Comenta as notícias dos jornais quando tem tempo de lê-los, fala da MPB e da sua querida Elis Regina, das coisas dos trabalhos acadêmicos, de cinema, literatura, cultura geral, da sua família, da nossa, rindo das coisas risíveis, agindo, vivendo e se relacionando como qualquer mortal, ou melhor, “imortal”. (Raul, um homem no mundo, Cezar Braga Said, ed. Fráter.)

Raul estreitou laços com Yvonne do Amaral Pereira, com o médium Júlio Cezar Grandi Ribeiro, Francisco Cândido Xavier e Divaldo Pereira Franco. Nesses dois últimos, em especial, buscou, mais de uma vez, no início das suas atividades, orientações para o direcionamento seguro das suas faculdades.

Em 1980, fundou a Sociedade Espírita Fraternidade, em Niterói, e, alargando os horizontes do atendimento aos necessitados, o Remanso Fraterno, na Várzea das Moças, bairro situado cerca de 25 km do centro de Niterói.
Há pouco mais de um ano, o grande testemunho
No mês de abril de 1986, em Mirassol d´Oeste, no Mato Grosso, Raul sofreu um acidente, no qual lhe foi revelado deveria ter perdido a vida. Contudo, por intercessão de sua mãe e de outros Benfeitores Espirituais, ele foi informado de que prosseguiria na carne, no trabalho a que se vinha devotando. Era a sua moratória.

Vinte e cinco anos passados, em 14 de novembro de 2011, Raul é convidado a outro grande testemunho (o texto original indicava a data de 16 de novembro, mas o próprio Raul afirmou que o AVC ocorreu de 14 para 15 de novembro – nota do autor). Em viagem internacional, com destino aos Estados Unidos, ainda em voo (quando sobrevoava o Brasil – nota do autor), ele sofre um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que lhe afeta a fala e o movimento do braço direito (Raul também acrescentou que ficou consciente, no avião, após o AVC, por sugestão do benfeitor Camilo, que lhe inspirava calma e paciência, pois se adormecesse poderia entrar em coma - Nota do autor.)

Ao chegar ao aeroporto JFK, em Nova Iorque, foi levado ao Jamaica Hospital Medical Center, próximo ao aeroporto, ali iniciando seu longo tratamento, tendo sido depois transferido, na sexta-feira (18 de novembro), para Hospital especializado no Estado de Connecticut.

Posteriormente, no final de semana de 17/18 de dezembro, retornou ao Brasil, indo direto para São Paulo, para prosseguir seu tratamento no Hospital Albert Einstein. Seu tratamento prossegue até os dias atuais, agora em sua cidade, Niterói. As mais recentes notícias nos informam que seu tratamento evolui muito bem. A fisioterapia é diária, e, a fonoaudiologia, três vezes por semana. A fala continua progredindo, de maneira animadora. O neurologista já identifica significativa melhoria nos movimentos do braço e da mão direita.

Por ora, sua rotina diária está concentrada no tratamento. Raul tem recebido convites para estar presente em várias homenagens que os confrades muito carinhosamente lhe oferecem, mas não tem condições de viajar e de interromper a rotina imposta pelo tratamento, que o leva, inclusive, a necessitar de repouso físico e mental.

Em todos esses meses, as notícias dos companheiros que convivem mais de perto com ele ou os que, de longas distâncias, se deslocam para visitá-lo têm sido no sentido de testificar o seu testemunho de verdadeiro espírita: excelente estado de espírito, mantendo seu habitual bom humor e jovialidade, a par de perseverança e dedicação ao tratamento, fielmente seguindo as orientações médicas.
Raul veio ao Paraná pela primeira vez em 1974
É a esse amigo que a Federação Espírita do Paraná deseja prestar homenagens, mais uma vez. Grande é a gratidão ao lhe recordar o quanto, particularmente, ofereceu ao Paraná Espírita.

Veio ao Paraná, por primeira vez, em 1974, mesmo ano em que o Espírito Camilo se lhe apresentou, afirmando que, doravante, estaria coordenando as suas atividades. Quando, em 1990, na Capital, após dezenove anos de interrupção, ressurgem as Confraternizações de Mocidades Espíritas, Raul é o coordenador da atividade, que se desenvolveu de 13 a 15 de abril.

Com o tema, Juventude e Espiritismo, cerca de duzentos e cinquenta participantes de todo o Estado integraram-se e se entregaram ao agradável evento. Foi o 1º Encontro Confraternativo de Juventudes Espíritas do Paraná, com realização prevista a cada dois anos, onde, em variadas oportunidades, Raul se fez presente.

Também com Raul Teixeira, se deu o 1º Encontro Estadual de Coordenadores de Juventudes Espíritas, nos dias 18 e 19 de março de 1995, em seguimento ao planejamento da FEP de ação dirigida especificamente aos jovens espíritas do Estado, prosseguindo a reprisar-se em todos os anos ímpares.

Tal como Divaldo, Raul esteve presente desde o 1º Simpósio Estadual de Espiritismo e a 1ª Conferência Estadual Espírita, acusando-se sua ausência, somente no ano em curso, em face de seu problema de saúde.

Também foi figura constante nos Encontros Estaduais Espíritas do Interior, nos Encontros de Dirigentes Espíritas - ENDESP e Encontro de Trabalhadores Espíritas - ENTRADESP.

Quantas mães o desejariam como filho, quantos jovens o almejariam como pai, quantos desejaríamos poder desfrutar de sua presença um tanto mais, trabalhar ao seu lado, na Seara Espírita. Mas o temos como o amigo e o conselheiro, o espírita convicto e devotado, que está dando o seu testemunho, dia a dia.

Por tudo isso, pelo que representa para os nossos corações, é que registramos a gratidão da Federativa, em seu 110º aniversário de fundação e o preito de amizade dos corações que o recordam, entre a saudade e o carinho de todas as horas, desejando vê-lo recuperado, feliz, sorrindo, entre nós.”

Fidelidade doutrinária sempre foi sua preocupação

Tive a feliz oportunidade de desfrutar de muitos momentos com Raul Teixeira, acompanhando-o em algumas palestras e quando ele se hospedava na casa de minha avó ou de meu pai, ao realizar palestras na região de Itapetininga-SP.
Testemunhei a jovialidade e a alegria exuberante de Raul, conforme citado no artigo acima, que chegava a me contagiar. Nos momentos de descontração havia tempo para conversas variadas, mas sem perder o equilíbrio e a sintonia com o bem.

A maior preocupação de Raul sempre foi a fidelidade doutrinária, tanto na sua divulgação, quanto na sua vivência. Inúmeras vezes ele externava sua preocupação com o desinteresse do público espírita em estudar, por facilitar a distorção dos princípios espíritas.

Assisti a inúmeras palestras de Raul, quando ele tinha a oportunidade de convidar o espírita ao estudo sério e profundo da codificação, bem como alertava-nos sobre a necessidade da própria conduta refletir as diretrizes do evangelho e do Espiritismo.

Gostaria, ainda, de destacar, sob o meu ponto de vista, a principal importância de Raul Teixeira para o movimento espírita, qual seja, a de não permitir que a pureza do conteúdo espírita seja contaminada por ideias pessoais de confrades e Espíritos sem compromisso com a verdade, “achismos” e modismos.

Por essa razão, os livros de Raul Teixeira são um manancial de lucidez e apontamentos espíritas, que merecem ser lidos e estudados.

Registro a forma pedagógica e coerente utilizada pelo Espírito Camilo, que é o guia espiritual de Raul, a nos facilitar sobremaneira o entendimento do tema abordado.

Quando interpelado ou consultado, Raul Teixeira não desperdiçava a oportunidade de retificar qualquer equívoco doutrinário ou de reforçar conceitos básicos do Espiritismo, sempre com o objetivo de preservar os preceitos espíritas conforme exarados na codificação de Allan Kardec.

Raul age dessa forma por amor ao ideal. Se prestássemos mais atenção aos apontamentos de Raul, certamente teríamos menos distorções na doutrina espírita, mas, infelizmente, vemos inúmeras ideias e inovações que vão se incorporando ao Espiritismo, algumas provenientes de obras mediúnicas de péssima qualidade, por isso e por outros fatos entendo que Raul Teixeira, como orador, médium (mediunidade que gerou mais de 30 livros) e cidadão, tem lugar de destaque no movimento espírita.

Numa entrevista que concedi a um confrade espírita, ao ser indagado sobre o que Raul Teixeira representava na minha vida, não tive dúvida e afirmei: “É o meu anjo da guarda encarnado”. Certamente, Raul Teixeira tem sido esse guia espiritual de muitas e muitas pessoas, bem como é um “protetor da codificação espírita”, não medindo esforços para preservar as verdades e a coerência da religião espírita.

Finalizo o artigo externando minha estima e gratidão a esse amigo incomparável, que aprendi a chamar de “Tio Raul”.
Nota do Editor:
Clicando neste link - http://www.youtube.com/watch?v=Oixtq2cMzhY - o leitor poderá ver a emoção com que Raul Teixeira agradeceu a homenagem que lhe foi prestada pela Federação Espírita do Paraná no dia 15 de novembro últim



domingo, 11 de novembro de 2012

REVERENCIANDO KARDEC

REVERENCIANDO KARDEC

Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro “Doutrina de Luz”. Lição nº 07. Página 35.


Antes de Kardec, embora não nos faltasse a crença em Jesus, vivíamos na Terra atribulados por flagelos da mente, quais os que expomos

- o combate recíproco e incessante entre os discípulos do Evangelho

- o cárcere das interpretações literais

- o espírito de seita

- a intransigência delituosa

- o obsessão sem remédio

- o anátema nas áreas da filosofia e da ciência

- o cativeiro aos rituais

- a dependência quase absoluta dos templos de pedra para as tarefas da edificação íntima

- a preocupação de hegemonia religiosa

- a tirania do medo, ante as sombrias perspectivas do além-túmulo;

- o pavor da morte, por suposto fim da vida

Depois de Kardec, porém, com a fé raciocinada nos ensinamentos de Jesus, o mundo encontra no Espiritismo Evangélico benefícios incalculáveis, como sejam

- a libertação das consciências

- a luz para o caminho espiritual

- a dignificação do serviço ao próximo

- o discernimento

- o livre acesso ao estudo da lei de causa e efeito, com a reencarnação explicando as origens do sofrimento e as desigualdades sociais

- o esclarecimento da mediunidade e a cura dos processos obsessivos

- a certeza da vida após a morte;

- o intercâmbio com os entes queridos domiciliados no Além

- a seara da esperança

- o clima da verdadeira compreensão humana

- o lar da fraternidade entre todas as criaturas

- a escola do Conhecimento Superior, desvendando as trilhas da evolução e a multiplicidade das “moradas” nos domínios do Universo

Jesus – o amor

Kardec – o raciocínio

Jesus – o Mestre

Kardec – o Apóstolo.

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ESPIRITISMO PRATICADO

Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier

Livro “Nosso Livro”. Lição nº 36; Página 85.


Irmãos, recordando Allan Kardec, na prática espiritista, lembremo-nos de que, no Espiritismo praticado, é necessário

- Colocar os interesses divinos acima dos caprichos humanos.

- Negar-se a si mesmo, tomar a cruz da elevação e seguir com o Senhor.

- Reformar-se em Cristo, antes de reclamar a reforma dos outros.

- Exemplificar o bem, antes de ensiná-lo.

- Servir sem propósitos de recompensa

- Consolar, antes de procurar consolações

- Amar sem exigências

- Usar os bens do Pai, sem os desvarios da posse

- Compreender, antes de reclamar compreensão alheia

- Agradecer, antes de pedir

- Confiar sem angústias

- Cumprir todos os deveres da cooperação, sem as trevas da incompreensão e da queixa

Jesus é o Caminho, Verdade e Vida

Kardec é Trabalho, Solidariedade e Tolerância

O Caminho da realização não dispensa o trabalho

O templo da Verdade não exclui a solidariedade legítima

A Vida eterna pede a luz da tolerância construtiva

O Espiritismo em seu tríplice aspecto, científico, filosófico, religioso, é movimento libertador das consciências, mas só o Espiritismo praticado liberta a consciência de cada um

Lembrando o grande Missionário, não vos esqueçais de que o Espiritismo prático pode ser o Espiritismo do eu e que só o Espiritismo praticado é o Espiritismo de Deus.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Respondendo e Esclarecendo sobre a Prece

 


A prece deve ser dirigida a Jesus Cristo ou a Deus?

A prece, quando é anseio legítimo e impulso profundo da alma, vence as resistências naturais do envolvimento fluídico do globo e ascende a esferas altas, o quanto alcance, onde é recebida e analisada; e o atendimento se dará conforme o mérito e quando for julgado justo e não inconveniente ao progresso espiritual do solicitante; mas em todos os casos, sempre exite uma grande margem para a manifestação da misericórdia divina em benefício do necessitado.
Não importa, portanto, que seja dirigida a Deus, ou a deuses ou santos de outros credos.

Qual a diferença ente oração e prece?

Doutrinariamente há diferença entre oração e prece. A oração, entendida como prece pode, também ser uma prédica, um discurso, enquanto que prece é sempre uma ligação espiritual com o Alto ou com benfeitores espirituais.

Vibrações e preces são a mesma coisa?

Vibração, como doutrinariamente se define, é um ato mental e sentimental conjugados: o Espírito encarnado, pela ação da vontade, emite, através da mente, ondulações energéticas para benefício de determinada pessoa necessitada, em presença ou a distância. Nos casos de cura, por exemplo, a emissão é para socorrer doentes e necessitados em geral e, se for feita com amor e desejo firme de obter os resultados esperados, as ondulações vibratórias terão muito maior intensidade e os efeitos serão muito mais positivos.
Para isso, o Espírito doador movimenta os sentimentos que atingem o alvo na forma de calor e luminosidade, sendo os melhores possíveis, os resultados do atendimento.
Não confundir, porém, esse tipo de vibração com outra, material, mecânica como, por exemplo, a de uma cordea de violão que se distende e depois se solta fazendo vibrar o ar ambiente, produzindo som mais alto ou agudo, segundo a amplitude da distensão e a rapidez das oscilações da corda ao voltar a seu ponto de estabilidade anterior.
E quanto à prece, esta é também uma projeção mental e ao mesmo tempo um arroubo da alma, expressando um desejo, ou uma súplica que se dirige a poderes espirituais mais elevados e que, conforme sua intensidade e pureza, atinge regiões mais altas ou menos altas, na subida para sua meta.
Se a prece for simplesmente mecânica e não tiver vibração sentimental que baste, não conseguirá romper a massa escura e densa da atmosfera, não atingirá o alvo visado e não produzirá os efeitos que desejamos alcançar.

A Doutrina Espírita proíbe ajoelhar-se ao fazer prece?

Não há proibição mas, para fazer preces é indiferente a posição que se toma, os gestos que se fazem, porque a prece é um ato psíquico mental, não material.

Qual o valor das preces mortuárias?

Como o Espiritismo não tem ritos nem cerimônias, para a despedidad daqueles que se retiram da vida terrena, bastariam as vibrações e as preces em comum, caso desejem que sejam feitas. Mas estas terão valor muito relativo, porque o que vai ser de utilidade maior àquele que desencarne será a conduta que teve, os atos que praticou, a pureza dos sentimentos, não sendo necessário nem cabível a espíritas solicitar cerimônias mortuárias de outra religião, a não ser que desconheçam a Doutrina, ou sejam simples aderentes de superfície.
Que se pode tirar de utilidade em se fazer concentrações demoradas e preces mil vezes repetidas, mas em nada se vê alterar o procedimento?
Deus está em tudo, como um alento de vida, como o perfume em uma flor; tudo vê, tudo sente e tudo sabe. Nós somos uma partícula de Deus evoluindo na matéria e se, em nossas concentrações e preces, conseguirmos sintonizar com Ele, passaremos também a sentir e ver e saber muito mais além da nossa cegueira natural de seres encarnados e retardados.
A busca de Deus e a aproximação com Ele por meio da concentração e da prece, fugindo às neuroses e às maldades do mundo, somente nos engrandecem espiritualmente se formos sinceros, humildes e suficientemente penetrantes.
Tanto mais os seres humanos sintonizam com Deus, tanto mais capazes se tornarão de traduzir as Suas leis e interpretá-las aos semelhantes, agindo como mensageiros Seus, porta-vozes Seus.
Outra coisa a esclarecer é que a maior parte das preces visa pedir benefícios pessoais, ao invés de ter em vista sobretudo a comunhão com Ele e com nossos semelhantes em sentido universal.
E muitos fazem suas preces sem primeiramente limparem seu coração de suas maldades e suas mentes de seus pensamentos inferiores, muitas vezes maléficos ou egoístas. Que benefício esperam assim obter?
Edgard Armond, Respondendo e Esclarecendo – Editora Aliança

sexta-feira, 18 de maio de 2012


Por que reencarnamos?


Há tempos a humanidade vem se questionando por meio de cientistas e religiosos se o homem pode retornar ao corpo físico, reencarnar várias vezes com tarefas definidas e, com isso, transformar imperfeições em virtudes, reajustando a consciência em relação aos próprios atos falhos do passado.
Segundo o Espiritismo, na medida em que vamos conhecendo o estudo sobre a vida, aprendemos mais sobre a criação do espírito, as existências, os planetas e as condições de abrigo e sustentação para o crescimento moral de todo aquele que evolui de acordo com o próprio esforço e ação no bem.
Estudiosos da Doutrina Espírita ainda afirmam que a reencarnação do espírito se dá por meio de uma necessidade natural, em que após um período na erraticidade, ou seja, no plano espiritual, o espírito reencarnante se submete a novas experiências no plano físico, a fim de aprimorar o aprendizado do amor universal entre pessoas e situações para fortalece-lo no alcance deste objetivo.
Espíritas e espiritualistas revelam que Deus nos concede o esquecimento das vidas passadas para evitarmos conflitos indesejáveis, como por exemplo as acusações, fracassos e frustrações das quais passamos e que nos perseguiriam por todo o período reencarnatório com aqueles a quem prejudicamos, ou por quem fomos prejudicados de uma forma direta ou indireta.
Na obra "O Livro dos Espíritos" de Allan Kardec, capítulo VII – Retorno à vida corporal – Esquecimento do passado, encontramos mais esclarecimentos sobre a questão do esquecimento de vidas passadas na pergunta 393: “Como pode o Homem ser responsável por atos e resgatar faltas dos quais não se recorda? – Seria concebível que as tribulações da vida fossem para ele uma lição, desde que não se recorda, cada existência é para ele como se fosse a primeira, e é assim que ele está sempre a recomeçar."
As conclusões apresentadas pelos espíritas, conclamam que o ser reencarnado atende sua consciência no cumprimento do bem, por isso, aceita as dores de sua existência sem se entregar a elas, traçando um foco para o avanço moral / intelectual, entendendo que tudo faz parte de um planejamento que pode e deve ser melhorado por sua atitude.
No mesmo livro citado acima, encontramos um trecho que ressalta os benefícios da reencarnação no capítulo II – Encarnação dos Espíritos – Finalidade da encarnação, pergunta 132: “Qual é a finalidade da encarnação dos Espíritos? – Deus a impõe com o fim de levá-los à perfeição: para uns, é uma expiação; para outros, uma missão. Mas, para chegar a essa perfeição, eles devem sofrer todas as vicissitudes da existência corpórea: nisto é que está a expiação. A encarnação tem ainda outra finalidade, que é a de por o Espírito em condições de enfrentar a sua parte na obra da Criação. É para executá-la que ele toma um aparelho em cada mundo, em harmonia com a material essencial do mesmo, a fim de nele cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. E dessa maneira, concorrendo para a obra geral, também progredir”.
O Espírito de Verdade, responsável pela organização da obra O Livro dos Espíritos, em uma mensagem nesta mesma obra, ressalta a importância de refletir sobre a reencarnação e seus benefícios: “O Homem não pode permanecer perpetuamente na ignorância, porque deve chegar ao fim determinado pela providência; ele se esclarece pela própria força das circunstâncias. As revoluções morais, como as revoluções sociais, se infiltram pouco a pouco nas ideias, germinam ao longo dos séculos e depois explodem subitamente, fazendo ruir os edifícios carcomidos do passado, que não se encontra mais de acordo com as necessidades novas e as novas aspirações". Espírito de Verdade – Livro dos Espíritos
O Espiritismo afirma que somos alunos da vida e que sempre haverá algo para aprender, conceitos a reaprender, informações a adquirir. Ressalta que estamos relacionados à lei do amor, transformando no presente, o passado de equívocos, em um futuro promissor de virtudes e conquistas, por meio das sucessivas existências que tivemos e que ainda teremos na aquisição da evolução do espírito.
Fonte: O Livro dos Espíritos por Allan Kardec

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Receita contra o egoísmo


Procure esquecer o lado escuro da personalidade do próximo.

Aprenda a ouvir com calma os longos apontamentos do seu irmão, sem o impulso de interromper-lhe a palavra.

Olvide a ilusão de que seus parentes são as melhores pessoas do mundo e de que a sua casa deve merecer privilégios especiais.

Não dispute a paternidade das idéias proveitosas, ainda mesmo que hajam atravessado o seu pensamento, de vez que a autoria de todos os serviços de elevação pertencem, em seus alicerces, a Jesus, nosso Mestre e Senhor.

Não cultive referências à sua própria pessoa, para que a vaidade não faça ninho em seu coração.

Escute com serenidade e silêncio as observações ásperas ou amargas dos seus superiores hierárquicos e auxilie, com calma e bondade, aos companheiros ou subalternos, quando estiverem tocados pela nuvem da perturbação.

Receba com carinho as pessoas neurastênicas ou desarvoradas, vacinando o seu fígado e a sua cabeça contra a intemperança mental.

Abandone a toda espécie de crítica, compreendendo que você poderia estar no banco da reprovação.

Habitue-se a respeitar as criaturas que adotem pontos de vista diferentes dos seus e que elegeram um gênero de felicidade diversa da sua, para viverem na Terra com o necessário equilíbrio.

Honre a caridade em sua própria casa, ajudando, em primeiro lugar, aos seus próprios familiares, através do rigoroso desempenho de suas obrigações, para que você esteja realmente habilitado a servir ao Mundo e à Humanidade, hoje e sempre.


André Luiz
(Do livro “Marcas do Caminho”, Francisco Cândido Xavier)

quarta-feira, 25 de abril de 2012

ANENCEFALIA - Joanna de Angelis



Nada no Universo ocorre como fenômeno caótico, resultado de alguma desordem que nele predomine. O que parece casual, destrutivo, é sempre efeito de uma programação transcendente, que objetiva a ordem, a harmonia.
De igual maneira, nos destinos humanos sempre vige a Lei de Causa e Efeito, como responsável legítima por todas as ocorrências, por mais diversificadas apresentem-se.
O Espírito progride através das experiências que lhe facultam desenvolver o conhecimento intelectual enquanto lapida as impurezas morais primitivas, transformando-as em emoções relevantes e libertadoras.
Agindo sob o impacto das tendências que nele jazem, fruto que são de vivências anteriores, elabora, inconscientemente, o programa a que se deve submeter na sucessão do tempo futuro.
Harmonia emocional, equilíbrio mental, saúde orgânica ou o seu inverso, em forma de transtornos de vária denominação, fazem-se ocorrência natural dessa elaborada e transata proposta evolutiva.
Todos experimentam, inevitavelmente, as consequências dos seus pensamentos, que são responsáveis pelas suas manifestações verbais e realizações exteriores.
Sentindo, intimamente, a presença de Deus, a convivência social e as imposições educacionais, criam condicionamentos que, infelizmente, em incontáveis indivíduos dão lugar às dúvidas atrozes em torno da sua origem espiritual, da sua imortalidade.
Mesmo quando se vincula a alguma doutrina religiosa, com as exceções compreensíveis, o comportamento moral permanece materialista, utilitarista, atado às paixões defluentes do egotismo.
Não fosse assim, e decerto, muitos benefícios adviriam da convicção espiritual, que sempre define as condutas saudáveis, por constituírem motivos de elevação, defluentes do dever e da razão.
Na falta desse equilíbrio, adota-se atitude de rebeldia, quando não se encontra satisfeito com a sucessão dos acontecimentos tidos como frustrantes, perturbadores, infelizes...
Desequipado de conteúdos superiores que proporcionam a autoconfiança, o otimismo, a esperança, essa revolta, estimulada pelo primarismo que ainda jaz no ser, trabalhando em favor do egoísmo, sempre transfere a responsabilidade dos sofrimentos, dos insucessos momentâneos aos outros, às circunstâncias ditas aziagas, que consideram injustas e, dominados pelo desespero fogem através de mecanismos derrotistas e infelizes que mais o degrada, entre os quais o nefando suicídio.
Na imensa gama de instrumentos utilizados para o autocídio, o que é praticado por armas de fogo ou mediante quedas espetaculares de edifícios, de abismos, desarticula o cérebro físico e praticamente o aniquila...
Não ficariam aí, porém, os danos perpetrados, alcançando os delicados tecidos do corpo perispiritual, que se encarregará de compor os futuros aparelhos materiais para o prosseguimento da jornada de evolução.
É inevitável o renascimento daquele que assim buscou a extinção da vida, portando degenerescências físicas e mentais, particularmente a anencefalia.
Muitos desses assim considerados, no entanto, não são totalmente destituídos do órgão cerebral.
Há, desse modo, anencéfalos e anencéfalos.
Expressivo número de anencéfalos preserva o cérebro primitivo ou reptiliano, o diencéfalo e as raízes do núcleo neural que se vincula ao sistema nervoso central…
Necessitam viver no corpo, mesmo que a fatalidade da morte após o renascimento, reconduza-os ao mundo espiritual.
Interromper-lhes o desenvolvimento no útero materno é crime hediondo em relação à vida. Têm vida sim, embora em padrões diferentes dos considerados normais pelo conhecimento genético atual...
Não se tratam de coisas conduzidas interiormente pela mulher, mas de filhos, que não puderam concluir a formação orgânica total, pois que são resultado da concepção, da união do espermatozoide com o óvulo.
Faltou na gestante o ácido fólico, que se tornou responsável pela ocorrência terrível.
Sucede, porém, que a genitora igualmente não é vítima de injustiça divina ou da espúria Lei do Acaso, pois que foi corresponsável pelo suicídio daquele Espírito que agora a busca para juntos conseguirem o inadiável processo de reparação do crime, de recuperação da paz e do equilíbrio antes destruído.
Quando as legislações desvairam e descriminam o aborto do anencéfalo, facilitando a sua aplicação, a sociedade caminha, a passos largos, para a legitimação de todas as formas cruéis de abortamento.
... E quando a humanidade mata o feto, prepara-se para outros hediondos crimes que a cultura, a ética e a civilização já deveriam haver eliminado no vasto processo de crescimento intelecto-moral.
Todos os recentes governos ditatoriais e arbitrários iniciaram as suas dominações extravagantes e terríveis, tornando o aborto legal e culminando, na sucessão do tempo, com os campos de extermínio de vidas sob o açodar dos mórbidos preconceitos de raça, de etnia, de religião, de política, de sociedade...
A morbidez atinge, desse modo, o clímax, quando a vida é desvalorizada e o ser humano torna-se descartável.
As loucuras eugênicas, em busca de seres humanos perfeitos, respondem por crueldades inimagináveis, desde as crianças que eram assassinadas quando nasciam com qualquer tipo de imperfeição, não servindo para as guerras, na cultura espartana, como as que ainda são atiradas aos rios, por portarem deficiências, para morrer por afogamento, em algumas tribos primitivas.
Qual, porém, a diferença entre a atitude da civilização grega e o primarismo selvagem desses clãs e a moderna conduta em relação ao anencéfalo?
O processo de evolução, no entanto, é inevitável, e os criminosos legais de hoje, recomeçarão, no futuro, em novas experiências reencarnacionistas, sofrendo a frieza do comportamento, aprendendo através do sofrimento a respeitar a vida…
Compadece-te e ama o filhinho que se encontra no teu ventre, suplicando-te sem palavras a oportunidade de redimir-se.
Considera que se ele houvesse nascido bem formado e normal, apresentando depois algum problema de idiotia, de hebefrenia, de degenerescência, perdendo as funções intelectivas, motoras ou de outra natureza, como acontece amiúde, se também o matarias?
Se exercitares o aborto do anencéfalo hoje, amanhã pedirás também a eliminação legal do filhinho limitado, poupando-te o sofrimento como se alega no caso da anencefalia.
Aprende a viver dignamente agora, para que o teu seja um amanhã de bênçãos e de felicidade.

Joanna de Ângelis

Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na reunião mediúnica da noite de 11 de abril de 2012, quando o Supremo Tribunal de Justiça, estudava a questão do aborto do anencéfalo, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia

domingo, 22 de abril de 2012

“No final, sem a menor dúvida, o amor vencerá”



Juiz de Direito em Campina Grande-PB, o confrade fala
sobre a influência do conhecimento espírita sobre
o aprimoramento das leis do país



Kéops Vasconcelos (foto), natural de Bom Conselho-PE e atualmente residente em Campina Grande-PB, é Juiz de Direito. Espírita desde 1996, vincula-se, no meio espírita, ao NEDE – Núcleo de Estudos da Doutrina Espírita como Diretor Executivo; à AME-CG – Associação Municipal Espírita de Campina Grande-PB como Diretor Adjunto, e à ABRAME – Associação Brasileira de Magistrados Espíritas como Delegado Seccional na Paraíba, além de integrar a Comissão de Acompanhamento Legislativo da Federação Espírita Brasileira.
Na entrevista que nos concedeu, nosso

entrevistado apresenta considerações expressivas sobre o Direito e suas conexões com o Evangelho, com o Espiritismo e com o progresso da Humanidade.
Comente sobre o movimento espírita organizado pela Associação dos Magistrados Espíritas em seu Estado


Desde que assumimos a Delegacia Seccional da ABRAME na Paraíba, em 2005, passamos a organizar palestras de cunho espírita no Fórum de Campina Grande, mensalmente. No início, de forma tímida, com a participação de alguns poucos servidores espíritas, mas hoje sempre com a participação efetiva e destacada de dezenas (e às vezes centenas) de pessoas, entre magistrados, advogados e a comunidade espírita local. Também realizamos em 2010 o I Encontro Regional de Magistrados Espíritas, com o tema "Diálogo Entre Justiça e Sociedade", com enorme aceitação e participação, o que nos motivou a organizar o II Encontro, nos próximos dias 18 e 19 de maio, com o tema central "Justiça em Transição". A finalidade maior é a humanização da Justiça, a partir da espiritualização de seus juízes.


Nacionalmente considerando, como está a expansão e organização dessas atividades?


Em vários Estados, as Delegacias Seccionais da ABRAME vêm também buscando realizar palestras no ambiente forense, a exemplo de Minas Gerais, Bahia e Goiás. Ao mesmo tempo, também são organizados em alguns locais grupos de estudos da Doutrina Espírita. Hoje, a ABRAME conta com mais de 700 magistrados associados, dentre juízes de Direito, juízes do trabalho, juízes federais, desembargadores e ministros de tribunais superiores. Com a recente fundação da Associação Jurídico-Espírita do Brasil - AJE, congregando diversos outros atores da cena jurídica, como advogados, promotores de justiça, procuradores e delegados, creio que iremos somar esforços no sentido da ampliação das atividades nos Estados, sempre buscando uma maior divulgação da Doutrina no segmento jurídico.


O pensamento espírita atraiu grande número de acadêmicos, nas diferentes áreas. Especificamente na área do Direito, o que mais conquista ou chama atenção nos conteúdos doutrinários espíritas?


Como professor universitário, nunca tive receio de, sempre que oportuno, transmitir aos alunos conceitos ajustados à ética espírita. Como não fazê-lo, nas ocasiões em que se debate em sala de aula acerca da pena de morte, do aborto, da eutanásia, da anencefalia? Sem nenhuma preocupação com o proselitismo, é interessante perceber que ao longo dos anos inúmeros foram os alunos e ex-alunos que, a partir dessas conversas, se interessaram pela Doutrina e passaram a estudar e participar efetivamente do Movimento Espírita. Inúmeros também são os acadêmicos de Direito que têm comparecido ao Fórum para assistir às palestras promovidas pela ABRAME. Considerando que uma das leis morais destacadas em “O Livro dos Espíritos” (capítulo XI) é a lei de justiça, de amor e de caridade, é natural que o pensamento espírita permeie a atividade jurídica, pois a justiça dos homens está irremediavelmente influenciada pela justiça divina, embora ainda imperfeita e ocasionalmente injusta, devido às limitações humanas.


Considera que atualmente o pensamento espírita já influencia a legislação, a atuação e as decisões em julgamentos em nosso país?


Costumo dizer que o magistrado, por ser espírita, não é, só por isso, melhor ou mais justo do que os magistrados não-espíritas. Todavia, quanto mais se conhece e se aprofunda no conhecimento doutrinário, especialmente da lei de causa e efeito, aumenta-nos a responsabilidade em buscarmos ajustar a nossa conduta, inclusive na atividade judicante, às leis morais do Cristo. A própria FEB, sensível à necessidade de aperfeiçoamento das leis brasileiras, acabou de constituir uma Comissão de Acompanhamento Legislativo, a qual tenho a honra de integrar, com a finalidade precípua de acompanhar a tramitação de projetos de lei e de emendas à Constituição que tratem de temas relevantes e que de algum modo possam vir a interferir na nossa elevação espiritual, tais como as que tratam do estatuto do nascituro, do aborto, da pena de morte, da eutanásia, da descriminalização do uso de entorpecentes etc. A intenção é não apenas acompanhar, mas intervir, quando oportuno e necessário, no sentido de aprimorar a elaboração dessas leis ou, se for o caso, evitar que sejam aprovadas e entrem em vigor.


Nos demais países, pelo menos nos mais desenvolvidos, está também havendo progresso na área do Direito, para maior adequação com os princípios do amor apresentados pelo Evangelho?


O mundo está em plena fase de transição, como sabemos. A área do Direito não fica imune a essa perspectiva. O progresso é constante, ainda que tenhamos eventualmente alguns tropeços. Com a chamada globalização, com as comunicações se difundindo em tempo real em todo o planeta, é natural que haja a influência recíproca de valores e culturas. É cada vez menor o número de países que ainda adotam a pena de morte, que admitem a eutanásia, que legalizam o uso de entorpecentes. O que ainda nos preocupa é o crescimento de vozes favoráveis à legalização do aborto, embora também se perceba cada vez mais uma resistência das populações a essa tentativa insana. No final, o amor vencerá, sem a menor dúvida.


No Brasil, o amadurecimento das ideias de justiça já traz reflexos práticos na área jurídica?


Sim, naturalmente. Um exemplo concreto disso é a chamada "lei da ficha limpa", de iniciativa popular, que foi aprovada pelo Congresso Nacional e recentemente declarada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal. É uma tendência natural que temos de evoluir, para expurgar da atividade política aqueles que se mostraram corruptos, desonestos, que malversaram o dinheiro público, que usaram do poder político para se locupletarem. É a justiça humana se alinhando cada vez mais com as leis morais evangélicas.


Como estudioso do Espiritismo e formação acadêmica na área do Direito, o que mais lhe chama atenção em toda a grandeza doutrinária-cultural do Espiritismo? O que mais me chama a atenção é a lei de progresso. Essa me parece uma das mais sublimes e consoladoras leis morais. É bastante significativo percebermos quanto essa lei, conjugada à lei de causa e efeito, nos impele sempre para um estágio mais avançado na senda evolutiva. Os que hoje são criminosos amanhã serão inevitavelmente os lidadores das causas cristãs. A literatura espírita está repleta de personagens que outrora agiram com desacerto e que, chamados à consciência pelo arrependimento, pelo remorso, pela expiação e pela reparação dos males, tornaram-se exemplos vivos de progresso moral, a exemplo de Saulo de Tarso, Públio Lentulus e Judas Iscariotes. Esse é também o destino de cada um de nós, cedo ou tarde, a depender apenas do nosso próprio livre-arbítrio.


Que ligação podemos fazer entre Jesus e o Direito?


Jesus, essa alma sublime, nos legou inúmeros exemplos de justiça. Foi o advogado e o conciliador na passagem da mulher adúltera; foi o justo juiz na passagem dos trabalhadores da última hora; foi o legislador magnânimo ao traduzir toda a moral cristã nas sentenças "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo" e "fazei aos outros aquilo que gostaríeis que os outros lhes fizessem"; foi o professor seguro quando narrou a parábola do bom samaritano.


Nas especializações do Direito, qual a área que mais se destaca ou se identifica com o atual estágio da humanidade e mesmo com os ensinos do Espiritismo?


Entendo que em todas as áreas do Direito é possível aplicar os ensinos espíritas de forma concreta. Todavia, por terem uma influência mais direta na vida, na liberdade e na paz dos seres humanos, é possível destacar o Direito de Família, o Direito Penal, o Direito das Execuções Penais e o da Infância e Juventude, como sendo as áreas em que mais se pode inspirar nos ensinamentos cristãos em geral. Atualmente, o Direito Ambiental também se revela bastante importante nesse processo de evolução humana, por nos trazer limites à degradação da natureza e, consequentemente, preservando a própria vida humana na Terra. Igualmente relevante é a aplicação do conhecimento espírita nas Varas da Violência Doméstica, naquilo que revela as causas das dissensões familiares. Não se pode deixar de considerar, ainda, a enorme importância que o Direito Internacional Público pode exercer na pacificação entre os povos e na democratização das relações entre os Estados.


Algo mais que gostaria de acrescentar?


Agradeço imensamente pela cortesia de nos abrir esse espaço rico de divulgação da Doutrina Espírita. A busca constante pelo aperfeiçoamento moral, especialmente no exercício da magistratura, é o que tem movido as nossas ações. A atividade de julgar os atos dos nossos semelhantes é árdua e complexa, mas com boa vontade e, sobretudo, com disposição para enfrentar cada processo, cada desafio, com vistas à máxima aproximação com a Justiça Divina, deve ser o móvel de nossa conduta profissional, pois a quem mais é dado mais será cobrado. Focado nessa consciência, é possível cumprir a tarefa que nos foi atribuída, reparando, por certo, equívocos e quedas ocorridos no passado espiritual.

sábado, 21 de abril de 2012

O Tiradentes e seus derradeiros momentos




Hoje, 21 de abril, dia em que foi executado Tiradentes, é feriado nacional e, portanto, uma boa oportunidade para dizer alguma coisa sobre aquele que é considerado mártir da Inconfidência Mineira e patrono cívico do Brasil.
Joaquim José da Silva Xavier, seu nome verdadeiro, nasceu em 1746 e morreu em 21 de abril de 1792, quando contava 45 anos de idade. Dentista, tropeiro, minerador, comerciante, militar e ativista político, ele atuou no Brasil colonial, mais especificamente nas capitanias de Minas Gerais e Rio de Janeiro. A cidade mineira de Tiradentes, antiga Vila de São José do Rio das Mortes, foi assim renomeada em sua homenagem.
No livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, de Humberto de Campos, psicografado por Chico Xavier, seu autor descreve os fatos que se deram a partir do momento em que os inconfidentes ouviram a sentença de sua condenação, incluindo o episódio da morte e da desencarnação de Tiradentes, que adiante reproduzimos:

“Os historiadores falam do grande pavor daqueles onze homens que se ajuntavam, andrajosos e desesperados, na sala do Oratório, para ouvirem a sentença da sua condenação, após três longos anos de separação, em que haviam ficado incomunicáveis nos diversos presídios da época. A leitura da peça condenatória, pelo Desembargador Francisco Alves da Rocha, levou quase duas horas. Depois de conhecerem os seus termos, os infelizes conjurados passaram às mais dolorosas e recíprocas recriminações.
Os mais tristes quadros de fraqueza moral se patenteavam naqueles corações desiludidos e desamparados; mas, no dia seguinte, a dura sentença era modificada. D. Maria I havia comutado anteriormente as penas de morte em perpétuo degredo nas desoladas regiões africanas, com exceção do Tiradentes, que teria de morrer na forca, conservando-se o cadáver insepulto e esquartejado, para escarmento de quantos urdissem novas traições à coroa portuguesa.
O mártir da inconfidência, depois de haver apreciado, angustiadamente, a defecção dos companheiros, reveste-se de supremo heroísmo. Seu coração sente uma alegria sincera pela expiação cruel que somente a ele fora reservada, já que seus irmãos de ideal continuariam na posse do sagrado tesouro da vida. As falanges de Ismael lhe cercam a alma leal e forte, inundando-a de santas consolações.
Tiradentes entrega o espírito a Deus, nos suplícios da forca, a 21 de abril de 1792. Um arrepio de aflitiva ansiedade percorre a multidão, no instante em que o seu corpo balança, pendente das traves do cadafalso, no Campo da Lampadosa. Mas, nesse momento, Ismael recebia em seus braços carinhosos e fraternais a alma edificada do mártir.
— Irmão querido — exclama ele — resgatas hoje os delitos cruéis que cometeste quando te ocupavas do nefando mister de inquisidor, nos tempos passados. Redimiste o pretérito obscuro e criminoso, com as lágrimas do teu sacrifício em favor da Pátria do Evangelho de Jesus. Passarás a ser um símbolo para a posteridade, com o teu heroísmo resignado nos sofrimentos purificadores. Qual novo gênio surges, para espargir bênçãos sobre a terra do Cruzeiro, em todos os séculos do seu futuro. Regozija-te no Senhor pelo desfecho dos teus sonhos de liberdade, porque cada um será justiçado de acordo com as suas obras. Se o Brasil se aproxima da sua maioridade como nação, ao influxo do amor divino, será o próprio Portugal quem virá trazer, até ele, todos os elementos da sua emancipação política, sem o êxito incerto das revoluções feitas à custa do sangue fraterno, para multiplicar os órfãos e as viúvas na face sombria da Terra...
Um sulco luminoso desenhou-se nos espaços, à passagem das gloriosas entidades que vieram acompanhar o espírito iluminado do mártir, que não chegou a contemplar o hediondo espetáculo do esquartejamento.
Daí a alguns dias, a piedosa rainha portuguesa enlouquecia, ferida de morte na sua consciência pelos remorsos pungentes que a dilaceravam e, consoante as profecias de Ismael, daí a alguns anos era o próprio Portugal que vinha trazer, com D. João VI, a independência do Brasil, sem o êxito incerto das revoluções fratricidas, cujos resultados invariáveis são sempre a multiplicação dos sofrimentos das criaturas, dilaceradas pelas provações e pelas dores, entre as pesadas sombras da vida terrestre.”

quarta-feira, 11 de abril de 2012





FILME ÁREA Q - filme Espírita co-produzido pela Fundação Espírita André Luiz - estréia dia 13/04/2012
Área Q - Revolução no cinema brasileiro

Prezados amigos:


Conforme todos os espíritas sabem, a divulgação da doutrina chegou às telas dos cinemas, focando o grande público, e tem feito bastante sucesso, desde o primeiro filme, “Bezerra Menezes”, seguido depois pelo “Chico Xavier”, “Nosso Lar”, “As mães do Chico” e o “Filme dos Espíritos”. E vem mais dois filmes aí, um feito pelo Oceano Vieira e outro pelo nosso amigo Paulo Figueiredo.O resultado desta divulgação tem sido impressionante, pois que muita gente tem buscado as obras espíritas, procurando saber mais sobre o Espiritismo, pela importância e a elegância como a mensagem tem sido mostrada, através desse meio de divulgação tão interessante, que é o cinema.
Mas isto não aconteceu por acaso. Teve um pioneiro, um audacioso e, na linguagem de alguns até mesmo um
“maluco” que, por conta própria, resolveu tomar a iniciativa de investir na idéia, arregaçar as mangas e, com ou sem ajuda, partir para a luta.

Tania Khalil e Murilo Rosa

Esse cidadão chama-se Luiz Eduardo Granjeiro Girão, é de Fortaleza, no Ceará, um empresário que não teve medo nem vergonha de vincular o nome das suas empresas à divulgação do Espiritismo, e, por conta disto, não sofreu boicote nenhum a nenhuma das suas empresas, que atua em atividades distintas e até, muito pelo contrário, o seu complexo empresarial cresce cada vez mais e faz cada vez mais sucesso pela sua eficiência.Eu tive a honra de ser o elemento que apresentou Luiz Eduardo para o movimento espírita, em 2001, através do meu programa Espiritismo via Satélite que, no início daquele ano, chegou a ser apoiado por ele.
O que é importante que todos saibam é que os filmes
“Chico Xavier” e “Nosso Lar” só saíram, depois que perceberam que filme espírita dá bilheteria e, conseqüentemente, “dá dinheiro”. Não está errado isto não, o mercado tem que se orientar pelo mercado mesmo. Alguns vêm dizendo isto, o tempo todo, que a doutrina precisa ser levada ao grande público pelos meios de comunicação de massa mas, infelizmente, a praga da “humildade” de fachada não tem permitido que esses sejam ouvidos. Apoiado ou não, Luiz Eduardo foi em frente, focou no seu ideal e está aí o resultado.
Agora ele, com sua valiosa equipe da Estação da Luz,volta a fazer novo filme que, a meu ver, será simplesmente revolucionário.
Área Q – Simplesmente maravilhoso



Luiz Eduardo (foto ao lado) mandou o Fernando Lobo, da sua equipe, vir à minha casa para mostrar-me o filme Area Q, em absoluta primeira mão, e eu, sinceramente, não estava nem acreditando no que estava vendo, pois, parecia produção hollywoodiana, não apenas pela presença de atores americanos, mas pelo nível de produção, tanto do ponto de vista técnico quanto artístico.
Este filme estará sendo lançado no cinema, nas principais capitais brasileiras, no dia 13 de abril e eu quero sugerir aos amigos que lotem os cinemas, porque vai valer a pena. Ao mesmo tempo, peço que o divulguem, também, nos centros espíritas e locais onde freqüenta.
Não é um filme rotulado espírita, não é filme de apelo doutrinário, é filme que certamente vai ter uma boa aceitação pelo grande público e sugiro, também, que convidem, sem receios, os seus amigos não espíritas porque, com certeza, ele vai ser interessante pra todo mundo, independente de rotulação religiosa.
Além do consagrado ator americano Isaiah Washington o filme trás também o Murilo Rosa e a Tania Kalil, atores globais que também são sucessos no cinema brasileiro.
Não vou entrar nos detalhes de como é o filme, porque ele tem o seu site onde você pode ver tudo, inclusive o elenco e eu sugiro que dê uma olhada lá.

É demais, gente. Um verdadeiro show do cinema brasileiro que, certamente, será também sucesso mundial.
Abração

Trailer Oficial estréia nos cinemas 13.04.2012

Murilo Rosa fala sobre o filme Área Q

Pedimos que nos ajudem a divulgar, orientar o publico nas cidades em que o filme não estreia na primeira semana, pois o número de cópias é inferior aos filmes anteriores, devido ao baixo custo do projeto.
Repassem o material aos colaboradores das Casas espíritas , incentivando a procurar os exibidores , caso a cidade não receba o filme na primeira semana.
Essa ação é fundamental para aumentar o interesse dos exibidores, que agora já sabem da importânciae do sucesso dessa temática no cinema. O público espírita/espiritualistas e simpatizantes, desejam aliar o entretenimento com uma mensagem edificante, ampliando o alcance dessa mensagem , elevando o nível de consciências em relação a espiritualidade ao maior número de pessoas.
O poster e o trailer do AREA Q já estão nas redes de cinema Cinemark, Box Cinemas, Cinemais, Roxy, Cinesystem, Espaço Unibanco, GNC, Severiano Ribeiro, Playarte, Centerplex, UCI, Estação, Orient Filmes, Moviecom, Paris/Cineart, Fun, Majestic, nas cidades de:
Campinas, São Paulo, Jaboatão do Gaurarapes, João Pessoa, São Gonçalo, São Luiz, Anápolis, Cuiabá, Guaratinguetá, Manaus, Marília, Pato Minas, SJ do Rio Preto, Sertãozinho, Tangará da Serra, Uberaba, Uberlândia, Aracaju, Barueri, BH, Brasília, Campo Grande, Canoas, Curitiba, Florianópolis, Guarulhos, Jacarei, Natal, Niterói, Palmas, Porto Alegre, Ribeirão Preto, SB do Campo, SJ dos Campos, Santos, Salvador, São Caetano, Osasco, Taguatinga, Vitória, Goiânia, Belém, Blumenau, Caixas do Sul, Campo Grande, Alphaville, São Vicente, Cotia, Juiz de Fora, João Pessoa, Rio de Janeiro, Sorocaba, Novo Hamburgo, Bauru, Joinville, Tubarão, Fortaleza, Maceió, Nova Iguaçu, São João do Meriti, Jundiaí, Macapá, Feira de Santana, Juazeiro do Norte, Betim, Sete Lagoas, Caruaru.
A Mundo Maior da Fundação espírita André Luiz é Co-produtora, pois está auxiliando a divulgação em toda a sua mídia.
Essa é mais uma grande oportunidade de levarmos uma mensagem de esperança à todos aqueles que ainda necessitam despertar para a realidade espiritual. A arte, o entretenimento, é capaz de levar um grande número de pessoas à reflexão, convidando a trilhar novos caminhos, novas descobertas e a temática espírita e espiritualista veio para ficar !!

Area Q" é co-produzido pela Estação Luz Filmes que fez "Bezerra de Menezes, o Diário de um Espírito", "Chico Xavier", de Daniel Filho e " As Mães de Chico Xavier" . E mais: o "Area Q" também co- produzido pela Mundo Maior Filmes , da Fundação Espírita André Luiz, que realizou "O Filme dos Espíritos".

Como todos já sabem, é muito importante a lotação das salas de cinema nas primeiras semanas. A Reef Pictures, produtora do filme, diz que poderá distribuir o filme nos E.U.A se ele for um sucesso de público aqui no Brasil, com grande chance de chegar a outros países. A produção foi indicada a melhor filme no Los Angeles Brazilian Film Festival 2011.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Páscoa a Luz da Doutrina Espírita




Segundo a Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, não há nenhuma espécie de culto a simbologias ou ritos. Por outro lado, para as sociedades, em grande parte marcadas na história pela vida de Cristo, o modus de vida se dá anualmente pelo calendário cristão, que demarca momentos de reflexão e pausa para amar ao próximo, como o Natal e a Páscoa.
Para a Doutrina Espírita, o verdadeiro espírita se reconhece "pela sua transformação moral e pelos esforços que empreende em domar suas más inclinações" (KARDEC, em O Evangelho Segundo o Espiritismo). É neste sentido, então, que se dá a compreensão de Páscoa: a busca pela Reforma Íntima, burilando o lado do homem velho que há dentro de cada um, para renascer um homem novo.
O sentido de renovação da Páscoa para os cristãos espíritas se concretiza na renovação de si mesmo, na melhoria íntima e evolução espiritual, sendo esta a única forma de transformação das relações humanas e da vivência mundana, levando-nos a atingir a verdadeira felicidade, através da Lei Divina da Evolução, à qual todos estamos fadados a seguir. Os símbolos do coelho, dos ovinhos de páscoa, o vinho, o peixe, são, à luz da Doutrina, apenas formas concretas e materializadas encontradas pelo homem para representar o seu desejo de vida, de renovação, de resignação e fé em Deus, nosso pai, e Cristo, nosso irmão, modelo e mestre.
No entanto, se essa foi uma forma que a humanidade encontrou de fazer uma pausa para reflexão acerca da moral de Jesus e de amar aos seus semelhantes... Pois que todos os dias possam ser de Páscoa e todas as religiões a preguem com a santidade que o seu verdadeiro significado merece. E, sobretudo, que todo indivíduo, filho de Deus que é, possa corresponder às oportunidades da reencarnação e de cada dia que lhe é concebido para transformar-se num homem novo, buscando compreender e seguir a moral cristã que nos foi ensinada pessoalmente por nosso irmão maior, concretizando-se em sua Lei de Amor.
Que desta forma todos possam receber nesta época, como em todas as outras, muita luz e muita paz de Jesus Cristo e de nosso Pai Celestial.