Um até breve, dra Marlene Nobre

Na manhã desta quarta-feira, 7 de janeiro de 2015, foi sepultada no Cemitério do Araçá, em São Paulo, a grande seareira do movimento espírita brasileiro e internacional, dra. Marlene Rossi Severino Nobre. Dra Marlene desencarnou na manhã da  última segunda-feira em Ilha Bela, litoral Norte de São Paulo, aos 77 anos, vitimada por um infarto.  Naquele dia Dra Marlene e família já se preparavam para retornar à capital paulista quando aconteceu a desencarnação. O velório se deu das 10 hs da manhã de terça até as 10 hs desta quarta no Funeral Home. Naquele local centenas de pessoas, espíritas e não espíritas, parentes e amigos, foram levar o adeus para dra Marlene e abraçar seus queridos familiares que atendiam  a todos com muito carinho em ambiente de grande elevação. Lá só se falava do trabalho da missionária inesquecível que dedicava as horas de sua vida à família e à propagação da  Doutrina Espírita. O ambiente era de tristeza pela perda enorme que se fez e se  faz sentir, mas de muita alegria por parte daqueles que tiveram a alegria de com ela conviver ou serem os beneficiários de sua obra vigorosa,  pelas palestras, pelos  livros, pelos  programas de radio e TV,  pelo jornal Folha Espírita, nos eventos das AMES,  no dia a dia das obras assistenciais que dirigia, pelas cartas e emails que ela não hesitava em responder com todo carinho,  enfim, uma multidão de almas agradecidas, encarnadas e desencarnadas, ali se faziam presentes para oscular aquela que tanto espargiu em forma de obras de inteligência, de amor  e de caridade aos seus semelhantes.  Não por acaso ouvi ao lado do caixão muitas amigas se referirem a ela como : “A Dama da Luz”. Ela era mesmo uma Dama de Luz, sempre positiva, alegre, jovial, destemida, amiga e, acima de tudo e principalmente uma criatura boa, que, na nossa opinião, é o que realmente conta. No velório muitas entidades do movimento espírita se fizeram presentes pelos seus dirigentes ou representantes, órgãos de imprensa, autoridades e, como dissemos, amigos, amigos e mais amigos. Com o velório se encerrando as 10 hs o corpo foi conduzido até a Capela do Cemitério do Araçá. Pelas fotos se avalia o enorme afluxo de pessoas  que compareceram para  ver pela derradeira vez aquele corpo maravilhoso que todos gostavam de admirar, de abraçar, aquela face radiosa que todos tinham a honra de oscular. O filho de dra. Marlene, Marcelo,  carinhosamente abriu espaço para quem quisesse fazer a sua saudação à companheira querida. Dentre outros usaram da palavra Elsa Rossi, representando o CEI – Conselho Espírita Internacional, destacando o trabalho de dra Marlene em âmbito Internacional; Júlia Nezu, Presidente da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo; ambas ressaltando a grandiosidade dos trabalhos de Dra. Marlene à frente das AMES, da abertura de espaço para divulgação do Espiritismo no meio cientifico, e também da amizade pessoal; falaram Dra Irvênia Prada, membro da AME- Brasil e Dra.  Elizabeth Nicodemos da AME-São Paulo, duas companheiras inseparáveis de trabalho; falaram também as amigas Sandra e Magali do Cairbar Schutel; a jornalista Claudia Santos e Conrado da Folha Espírita; as amigas Iolanda e Sara; o jornalista Alamar Régis que destacou o papel de grande divulgadora da Doutrina Espírita, exercido por Dra. Marlene, conclamando a que a obra continue, especialmente o jornal Folha Espírita;  falaram também alguns jovens e por fim o irmão de doutora Marlene Paulo Rossi Severino, jornalista e escritor, que fez uma eloquente retrospectiva da vida da irmã e da família. Paulo repisou que tudo foi feito com muitas dificuldades, desde as  materiais, a luta da irmã para ingressar e se formar em Medicina; o trabalho incansável de Marlene que não atendia aos apelos da família para diminuir o ritmo, enfim, ela agora terá a oportunidade de abraçar o esposo querido, Freitas Nobre, que a antecedeu na viagem, e aos amigos espirituais que a secundaram na tarefa. Marcelo encerrou a cerimônia especialíssima, durou mais de uma hora, parecia que estávamos em uma Casa Espírita, numa grande família, proclamando em uníssono  para a homenageada: Vá com Deus, Marlene, você foi uma vencedora, colha as palmas das flores que você  soube cultivar com tanto amor e carinho. Que Jesus a receba, Dra Marlene,  no Seu aprisco em clima de muita paz e luz. (Seu amigo reconhecido  Ismael Gobbo)

Chegada do corpo de doutora Marlene Nobre no Cemitério do Araçá. 

Oceano Vieira de Melo, em primeiro plano,  representou  a FEB. Foto Ismael  Gobbo

Muitas flores no sepultamento de dra. Marlene Nobre no Cemitério do Araçá, em São Paulo. Fotos Ismael Gobbo